Beira Mar registra movimentação normal após horário permitido no primeiro dia do novo decreto

Equipes da Polícia Militar (PM) e da cavalaria estiverem no local dispersando tanto populares quanto comerciantes que atuavam na região após o horário permitido

No dia em que o novo decreto estadual passa a valer, nesta quinta-feira, 18, a Avenida Beira Mar, em Fortaleza, registrou uma movimentação típica de uma semana normal. Circulação de pessoas em espaços públicos como esse estão proibidas das 17 h às 5 horas do dia seguinte, mas populares frequentavam o lugar mesmo após o período determinado.

Apesar de não ter sido identificada aglomerações de grande porte, conforme presenciado pelo O POVO, indivíduos seguiam utilizando a avenida para correrem, caminharem e andarem de bicicleta, hábitos comumente realizados em dias normais. Além disso, banhistas aproveitavam o dia ensolarado para ocuparem alguns pontos da faixa de areia.

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Diante desse cenário, equipes da Polícia Militar (PM) e da cavalaria estiverem no local dispersando tanto populares quanto comerciantes que atuavam na região após o horário permitido, principalmente nas proximidades da Praia dos Crush. Na ocasião, ambulantes reclamaram da falta de aviso do Estado e da situação econômica provocada pelo limite de horário imposto.

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"Não pode trabalhar porque algumas pessoas andam aqui sem máscara. A gente não tem culpa que o outro tá sem máscara, a gente só tá aqui pra levar o sustento pra nossa família, nossa família precisa, nossos filhos", pontuou a comerciante Adriana Ferreira, 28, que há pelo menos 19 anos atua como ambulante.

"Nós temos que aceitar, porque se a gente não aceitar nosso filhos vão passar fome, você acha certo passar a semana todinha e poder levar R$ 50 (para casa)? Eu acho ruim, mas eu tenho que dar graças a Deus que tô fazendo ao menos isso", pontuou ainda a comerciante, em relação ao limite de horário imposto.

O sentimento para o comerciante Jonathan Sousa, 28, é parecido. No local há oito anos, o trabalhador reclama que ele e colegas não receberam aviso de que seriam obrigados a reduzirem o tempo de trabalho. "Se a gente não trabalha a gente não ganha, isso é fato, a gente precisa de assistência", pontuou o ambulante.

Já no ponto da avenida próximo a feirinha, o movimento também era parecido ao presenciado em dias comuns, sendo necessária a presença de fiscalização para a dispersão de populares. Entre aqueles que realizavam exercícios após o horário permitido, existia quem não soubesse da nova determinação.

"Eu moro aqui perto, venho sempre. Eu achava que ia começar só a partir de amanhã e não hoje", confessou Riany Coelho, 40, empresária que utilizava o espaço para caminhar por volta das 19h. O POVO procurou o Governo para esclarecer quanto a politicas de assistência prestadas a comerciantes, mas até o fechamento desta matéria não teve retorno.

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Entenda o Decreto:

O novo Decreto estadual foi anunciado na noite dessa quarta-feira, 17, em live realizada por representantes políticos como o governador Camilo Santana (PT). O documento contém uma série de determinações que visam frear o avanço da segunda onda de Covid-19 no Estado- enfrentada principalmente pela rede de saúde de Fortaleza.

Entre as medidas estão: funcionamento do comércio até as 20h e depois somente os serviços essenciais, o fechamento de espaços públicos a partir das 17h, toque de recolher entre 22h e 5h, com exceção das atividades essenciais e barreiras sanitárias em Fortaleza, com fiscalização nas entradas e saídas.

Além disso, aulas presenciais serão suspensas a partir desta sexta-feira, 19, medida que não vale para aquelas destinadas a alunos de até três anos e para atividades práticas executadas no ensino superior. O documento tem validade até o dia 28 deste mês.

Com informações da repórter Ana Rute Ramires

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