Casos de síndrome respiratória caem em 8 capitais, mas Fortaleza não está entre elas

A nível nacional, casos notificados de SRAG apresentam sinal de queda de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas) no território brasileiro, apesar de algumas capitais e regiões interioranas ainda apresentarem retomada no crescimento

O boletim InfoGripe, realizo pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indicou nesta quinta-feira, 11, uma diminuição no número de casos da Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), a partir da segunda semana de janeiro, em oito capitais: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (plano piloto e arredores, DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos entre os resultados positivos estão associados ao novo coronavírus.

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Mesmo tendo apresentado sinal de queda, Manaus (AM) não está incluída na lista, já que os dados relativos à capital amazonense podem não refletir o cenário atual da região devido ao represamento de casos. Isso se dá na demora para registro e divulgação de casos confirmados e é um dos vários fatores que podem gerar uma falsa impressão de queda, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

O represamento geralmente ocorre por três motivos: aumento da demanda hospitalar; esgotamento das equipes de saúde por conta da carga de trabalho; e/ou preferência das equipes a notificarem os dados nos sistemas locais de acompanhamento e não nos nacionais, como o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe).

“Nos boletins recentes do InfoGripe, ilustramos o impacto que o aumento do represamento de dados no final do ano causaram nas estimativas, gerando subestimativa e sinal de queda durante período em que ainda havia crescimento. No entanto, estamos observando uma melhora gradativa em relação ao represamento, embora alguns locais ainda estejam apresentando impactos importantes, como é o caso de Manaus”, analisou Marcelo.

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O pesquisador explica ainda que o volume maior de casos está associado ao represamento ocorrido em dezembro, quando casos deixaram de ser identificados, e refletido em janeiro, quando estes números antigos começaram a ser notificados. “Por isso a importância de dar preferência para análises com base em primeiros sintomas, data de internação ou data do óbito, não data de divulgação de casos ou óbitos. O Brasil possui grupos de pesquisa com experiência em lidar com o efeito do atraso para gerar estimativas adequadas”, pontuou.

A nível nacional, casos notificados de SRAG apresentam sinal de queda de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas) no território brasileiro, apesar de algumas capitais e regiões interioranas ainda apresentarem retomada no crescimento. Enquanto os casos de Boa Vista (RR) e João Pessoa (PB) tendem a crescer a longo prazo, em Aracaju (SE) e Fortaleza o sinal é moderado. Estas duas últimas, inclusive, acumulam seis semanas consecutivas com sinal de crescimento.

Até a atualização em questão, foram reportados 754.025 casos de SRAG no Brasil; destes, 56.175 são de 2021. Do total, 28.816 (51,3%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 8.660 (15,4%) negativos, e ao menos 12.619 (22,5%) aguardam resultado. Dentre os positivos, Influenza A e B representam 0,0%, o vírus sincicial respiratório (VSR) foi associado a 0,5%, e o Sars-CoV-2, causador da Covid-19, lidera com 95,2%.

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