Cuba prepara primeira vacina contra coronavírus da América Latina

Segundo Vicente Vérez, diretor do instituto de vacinas Finlay, o país objetiva iniciar a campanha de vacinação no primeiro semestre do ano, com a imunização gratuita e não-obrigatória para a população cubana e opcional para turistas

Pesquisadores cubanos estão determinados a desenvolver a primeira vacina contra o coronavírus concebida e produzida na América Latina. De acordo com Vicente Vérez, doutor e diretor do instituto de vacinas Finlay, o país está habilitado a fabricar, em 2021, 100 milhões de doses da Soberana 2. “Se tudo correr bem, este ano teremos toda a população vacinada”, diz o doutor. As informações são do portal UOL.

A Soberana 2 é o projeto mais avançado até o momento e passou na segunda-feira, 18, para a segunda parte da segunda fase de testes, com 900 voluntários colaborando. Caso os resultados sejam positivos, entrará na terceira e última fase antes da aprovação, com 150 mil voluntários. Os cientistas cubanos trabalham ao total em quatro vacinas: Soberana 1 e 2, Abdala e Mambisa. As três primeiras são administradas com injeção e a quarta com spray nasal.

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Segundo Vérez, o país objetiva iniciar a campanha de vacinação no primeiro semestre do ano, com a imunização gratuita e não-obrigatória para a população cubana e opcional para turistas. Com 19.122 casos confirmados e 180 mortes, Cuba é um dos países menos latinoamericanos menos afetados pela Covid-19.

O representante local da Organização Mundial da Saúde (OMS), José Moya, demonstra otimismo com os avanços em Cuba e realça que a região “foi a primeira candidata da América Latina e do Caribe a colocar sua vacina em fase clínica”. “Cuba tem mais de 30 anos de experiência em produzir suas próprias vacinas. Quase 80% das vacinas do programa nacional de imunização de Cuba são produzidas no país”, diz.

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Nils Graber, pesquisador de antropologia da saúde da suíça Universidade de Lausanne, relata que, na década de 1980, Cuba apostou na biotecnologia e descobriu a primeira vacina contra o meningococo B. A exportação de serviços hospitalares, incluindo medicamentos, vacinas e equipe médica, é atualmente a principal fonte de renda do país, com 6,3 bilhões de dólares arrecadados em 2018. Em 2020, a ilha enviou equipes médicas para 40 países para o combate à Covid-19. O envio de seus médicos ao exterior e a fabricação de sua própria vacina “também é uma política que aumenta o prestígio do país”, finaliza Nils.

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