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Butantan muda de estratégia e adia divulgação dos resultados de eficácia da vacina Coronavac

A apresentação dos dados estava prevista para acontecer até esta terça-feira, 15, mas será realizada no dia 23 deste mês. Adiamento foi motivado pela alta de casos em São Paulo
15:32 | Dez. 14, 2020
Autor Redação O POVO
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O Instituto Butantan adiou a divulgação dos dados que comprovam a eficácia da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e uma das promissoras contra a Covid-19, para o dia 23 deste mês. A apresentação de resultados estava prevista para acontecer até esta terça-feira, 15, mas a instituição resolveu adiar o procedimento após constatar um aumento de voluntários infectados pela doença e mudar de estratégia- conforme informações apurada pelo jornal Estadão.

Segundo reportagem, a estratégia inicial do Butantan era a de apresentar dados colhidos após análise parcial, feita com cerca de 70 pessoas contaminadas, para em seguida solicitar a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial do imunizante no Brasil. Esse processo foi pensando como forma de fazer com que a vacinação contra a Covid-19 no País ocorresse de forma mais rápida, embora o prazo de liberação não estivesse definido.

No entanto, os pesquisadores envolvidos no estudo perceberam que o número de infectados do grupo de voluntários havia disparado para 151, como consequência do aumento de casos que o estado de São Paulo enfrenta. Essa quantidade é a mínima estabelecida no protocolo da pesquisa para que uma "análise final de eficácia" fosse feita, não apenas uma parcial.

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Em evento virtual promovido pela Universidade de São Paulo (USP), na manhã desta segunda-feira, 14, o diretor do Butantã, Dimas Covas, explicou que esse aumento de voluntários infectados fez com que o instituto mudasse de estratégia. Agora os dados serão apresentados como análise final de eficácia e a instituição vai pedir o uso definitivo do imunizante no Brasil.

De acordo com o diretor, o estudo será concluído na próxima semana e a vacina deve ser registrada na China até o final deste mês. Após o registro do imunizante no País, o instituto vai solicitar a Anvisa o "uso excepcional do produto" no Brasil, para iniciar a vacinação no dia 25 de janeiro de 2021.

Essa previsão, contudo, pode não ser cumprida pelo fato de que a agência sanitária leva até 60 dias para registrar um imunizante. Pesquisadores do instituto estariam ainda trabalhando com a hipótese de submeter dados tanto para o registro definitivo quando para o uso emergencial, visando iniciar período de vacinação o mais rápido possível.



 

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