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Unidade de testagem da Fiocruz para Covid-19 inicia atividades no Ceará nesta segunda-feira, 24

A unidade fica no Eusébio e aumenta a capacidade de testagem cearense para 13 mil testes por dia, beneficiando também outros estados do Nordeste

Com potencial para processar diariamente até 10 mil testes moleculares, uma nova unidade de testagem para Covid-19 foi inaugurada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará nesta segunda-feira, 24. A Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 é localizada no Eusébio, e eleva a capacidade de testagem cearense para 13 mil testes ao dia, beneficiando também outros estados do Nordeste. 

A central de testagem é equipada com plataformas automatizadas doadas pela iniciativa "Todos Pela Saúde", liderada pelo Itaú Unibanco. Além do financiamento do Ministério da Saúde, o projeto recebeu cerca de R$ 200 milhões da inciativa privada, sendo cerca de 180 milhões do programa.

No local, é utilizada a metodologia de PCR em tempo real e os resultados dos exames são liberados em até 48 horas. Construída em pouco mais de dois meses, as novas instalações do Ceará ocupam uma área de aproximadamente 2,3 mil m².

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Na cerimônia de inauguração, marcaram presença o ministro interino da Saúde general Eduardo Pazuello, o governador do Ceará Camilo Santana (PT), a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e o coordenador da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor, além de outros representantes de setores envolvidos.

Camilo parabenizou a parceira público-privada que viabilizou a construção da unidade, e realçou a necessidade de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). "Ela [a central de testagem] permitirá gerar informações para que os gestores, secretários, prefeitos, governadores, e ministros possam tomar decisões", afirmou.

O governador disse ainda que a unidade vai possibilitar testes para outros estados do Nordeste, além do Ceará. "Minha palavra é de agradecimento aos parceiros que lideraram esse processo", completou.

A Fiocruz, instituição vinculada ao Ministério da Saúde, tem prestado apoio aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e atuado na ampliação da capacidade nacional de processamento de amostras, ação considerada fundamental para a vigilância epidemiológica do coronavírus e o enfrentamento da pandemia.

Conforme a presidente da Fiocruz Nísia Trindade Lima ressaltou no evento, as unidades de apoio como a que foi inaugurada no Ceará permanecerão "como legado" para o SUS após a pandemia. Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo também estão entre os estados contemplados com as plataformas capazes de processar em larga escala as amostras suspeitas da Covid-19.

Os equipamentos foram instalados por Bio-Manguinhos no campus da Fiocruz do RJ, no Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e no grupo Dasa, em SP, por meio de um acordo feito com o Ministério da Saúde.

Com exceção de SP, a operacionalização dos equipamentos é gerenciada pela Fiocruz, que atua desde a instalação e treinamento de pessoal, até o fornecimento dos insumos necessários e assistência técnica.

O ministro Pazuello lamentou as mortes por Covid-19 no Brasil e destacou a necessidade de ampliar a capacidade de testagem no intuito de facilitar as decisões governamentais.

"Por isso, a capacidade de processamento logística vem sendo construída a muitas mãos, públicas e privadas, para que possamos entregar ao gestor a capacidade de desenvolver a melhor estratégia", acrescentou.

Saiba os detalhes do funcionamento do local 

Unidade será custeada pelo Ministério

O Ministério já destinou cerca de R$ 930 milhões nas diversas ações da Fiocruz na implementação de unidades de apoio ao diagnóstico da Covid-19. O projeto das unidades do Rio de Janeiro e do Ceará inaugurou também uma nova fase nesse processo, marcada pelo apoio da iniciativa privada.

De acordo com a Fiocruz, o Ministério da Saúde custeará a operacionalização das duas unidades, incluindo, entre outros aspectos, a contratação de recursos humanos e a aquisição dos insumos necessários.

Cerca de 200 profissionais, entre biologistas e técnicos de laboratório capacitados, se revezarão em três turnos de trabalho para processar as amostras que são encaminhadas pela pasta federal.

A obra da unidade de testagem no Ceará foi financiada pela ElopPar (controlada por Bradesco e Banco do Brasil e acionista majoritária de Alelo, Livelo, Veloe e Digio, além da Bandeira Elo) e UnitedHealth Group Brasil (UHG Brasil)

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