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Drones com câmeras térmicas podem auxiliar no combate ao novo coronavírus

Aparelho é capaz de detectar aglomerações e medir temperatura das pessoas

Um drone pode ter muitas utilidades e, com a pandemia do coronavírus, sua usabilidade tem se expandido ainda mais. No Brasil, cidades como Recife, Rio de Janeiro e, mais recentemente, São Sebastião, no litoral de São Paulo, passaram a utilizar o aparelho para medir a temperatura de pedestres e até mesmo evitar aglomerações.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza (Unifor) Victor Albuquerque, também membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), explicou como tem funcionado a tecnologia. "Hoje existem drones que adaptam câmeras térmicas e estas câmeras mensuram a temperatura corporal de grupos de aglomerações e também de cada um dos indivíduos. Tendo a imagem, o objetivo seria identificar aglomerações. Também conseguir detectar se há ali algum indivíduo com febre e, ao identificá-lo, chamar o Samu ou a Polícia para fazer uma abordagem naquele local”, exemplificou.

O dificultador, como explica o professor, é o custo e a potência desses aparelhos. “Para utilizar o drone para medir temperaturas e evitar aglomerações teriam que comprar câmera térmica e uma custa R$ 100 mil. Um drone está entre R$ 120 mil. Além disso, o aparelho não consegue voar por muito tempo. Ele precisa carregar a bateria. Precisaríamos de uma boa quantidade deles”, explicou.

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Outras serventias também podem ser dadas aos drones durante essa pandemia, conforme Victor. "Eles podem ser utilizados para outros fins, como transportes de medicamentos e alimentos", explanou. Em Porto Alegre, por exemplo, o aparelho tem sido utilizado ainda para desinfecção das ruas do centro da cidade.

Na Europa, de acordo com Antônio Pedro Timoszczuk, membro do IEEE, aparelhos também vêm sendo usados para realizar entregas de medicamentos em caráter experimental. “É importante observar também, que esses serviços devem atender a legislação de cada país no tocante ao tráfego aéreo e o Brasil já possui a regulamentação necessária para isso”, ressalta Timoszczuk.

O IEEE se define como a maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade. São mais de 420.000 membros em mais de 160 países.

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