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Para Fiocruz, próximas semanas podem expressar agressividade da crise sanitária e humanitária no Brasil

Fundação também orientou sobre saúde de enfermeiros, médicos e tantos outros que estão diariamente na luta de combate ao novo coronavírus
11:37 | Mai. 07, 2020
Autor Marília Freitas
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Marília Freitas Estagiária do O POVO Online
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Tipo Notícia

Documento orientado e assinado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisa a situação pandêmica nos próximos dias do Brasil. No texto, a fundação elenca problemas acerca da oferta de serviços de saúde no sistema público, além de dificuldades sociais que podem agravar a situação da Covid-19 no País

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Para a Fiocruz, que está diariamente na frente de combate à doença através de pesquisas laboratoriais e análises, "as próximas semanas poderão expressar de forma contundente a dramaticidade da crise sanitária e humanitária associada à pandemia de Covid-19". O órgão se refere à necessidade de atender e manter as medidas de isolamento social decretadas no Brasil, que visam barrar o contágio comunitário da doença e, assim, possibilitar que todos os doentes tenham acesso aos serviços de saúde públicos, que estão entrando em colapso.

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Para o órgão, a pandemia avança de forma acelerada no Brasil e há estimativa de que os números de casos confirmados e de óbitos pela doença possam ser bem superiores aos atualmente registrados, o que chama-se de subnotificação. "A situação é particularmente grave em muitas capitais e regiões metropolitanas, sendo que dados e análises recentes têm apontado também uma tendência de interiorização da pandemia". 

A fundação informou que as medidas de isolamento adotadas pelo Ministério da Saúde, governos regionais e pela população em meados de março foram muito importantes para evitar que o aumento de casos fosse ainda mais intenso, o que possibilitou a mudança no ritmo de crescimento de casos em vários estados.

No entanto, vem acontecendo um aumento constante dos casos e dos óbitos, que está diretamente relacionado à não adoção das medidas de isolamento e a insuficiência de leitos de terapia intensiva (UTI) e de vários equipamentos críticos para os cuidados dos pacientes. O isolamento social é necessário para frear o número de casos e, assim, possibilitar atendimento na rede pública sem congestionamento ou crises.

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O comunicado ainda traz um alerta para a saúde de enfermeiros, médicos e tantos outros que estão diariamente na luta de combate ao novo coronavírus. "Acrescente-se o acometimento frequente pela Covid-19 de profissionais de saúde atuantes na “linha de frente” que, além de trágico pelo número expressivo de óbitos, tem levado ao afastamento prolongado desses profissionais dos serviços, gerando dificuldades adicionais para a atenção nos sistemas de saúde".

No mesmo documento, a pasta também informou sobre a necessidade de lockdown no estado do Rio de Janeiro, o segundo do Brasil em número de casos confirmados da doença. Os especialistas da instituição projetam que, caso não sejam tomadas medidas mais rígidas de distanciamento social no estado, haverá um agravamento da situação e a insuficiência de leitos no mês de maio.

 

  

 

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