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Quais os cuidados com higienização das compras de supermercado e delivery para evitar coronavírus

Infectologista explica que produtos não estão entre os que representam grande risco de contágio, mas hábitos de higiene são sempre saudáveis e recomendáveis
21:52 | Abr. 27, 2020
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Mesmo para quem pode se manter em isolamento total e não sair da residência para nada ou quase nada, as compras para feira ou mercantil são um momento em que o contato externo é inevitável. Seja para quem vai ao supermercado ou à feira, seja para quem pede as compras por delivery. Para muita gente, a rotina de higienização dos produtos que chegam em casa passou a ser uma atividade nova e por vezes exaustiva. O mesmo vale para quem pede comida ou algum outro produto nos aplicativos de entrega. Quais os riscos representam esses produtos e quais os cuidados são necessários?

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O infectologista Keny Colares, médico do Hospital São José, professor e pesquisador do grupo de pesquisa em Virologia e da Pós-Graduação da Universidade de Fortaleza, participou nesta segunda-feira, 27, da live Agir - todos contra o coronavírus. Ele foi entrevistado pelo jornalista Cliff Villar, com participação de Érico Firmo. Colares comentou sobre os cuidados com produtos de supermercado.

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Em relação às sacolas, ele explica que, em tese, não estão entre os itens que representam maior ameaça de contágio. "A questão da transmissão por objetos, o risco é maior quanto mais gente tenha pegado naquele objeto. Por exemplo, maçanetas, botão de elevador. Coisas que muita gente pega. Os pacotes, por exemplo, de supermercado não são exatamente os objetos mais manipulados, que muita gente toca. Então, digamos, não é um material de alto risco."

Já quanto aos produtos de supermercado, aí depende. Se os produtos forem daqueles ais manuseados pelos compradores, o risco é maior. "Mas nem todos as pessoas saem tocando. Então, digamos, esses produtos não são de um risco muito grande."

Vale à pena higienizar?

Apesar de o risco não ser dos maiores, o médico ressalta que a limpeza é sempre recomendável. "Agora, se você puder levar para casa e fazer a higienização com água e sabão, ou com álcool, álcool em gel, ou com solução de hipoclorito de sódio, para as fruta, verduras e legumes, são hábitos saudáveis. Mas o risco maior não está nesse tipo de objeto", reforça.

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O hipoclorito de sódio é a água sanitária. Para limpeza dos alimentos, recomenda-se misturar uma colher de sopa, na concentração de 2% ou 2,5%, para cada litro de água. Na concentração de 1%, são duas colheres de sopa para cada litro de água. Os alimentos devem ser mergulhados por 10 minutos na mistura e, em seguida, enxaguados com água filtrada.

Lugares de risco

O infectologista Keny Colares explica que os lugares de maior risco de contágio são aqueles pelos quais circulam mais pessoas doentes. "Os hospitais, as unidades de saúde são lugares de maior risco. Até por conta disso existem tantas iniciativas de teleatendimento, para as pessoas não irem tanto".

Além disso, o risco está em lugares de grandes aglomerações de pessoas. O transporte público pode ser uma ameaça se tiver muita gente em espaço fechado de ônibus ou metrô. Se tiver pouca gente no veículo, o risco diminui.

Também em feiras e supermercados depende da lotação. Se não tiver muita gente, o perigo diminui. Daí o ideal é frequentar em horários de menor fluxo de pessoas. Keny Colares afirma que uma boa atitude dos estabelecimentos é realizar um controle da frequência para impedir aglomerações.

Projeto Agir

O projeto Agir é iniciativa da Fundação Demócrito Rocha (FDR) que compartilha conhecimento no combate à pandemia de Covid-19. De segunda a sexta-feira, há um quadro de dez minutos de duração no programa O POVO no Rádio, da Rádio O POVO CBN, a partir das 10h03min. Às 15 horas, um webinário vai ao ar nas redes sociais do O POVO.

No site agirbrasil.com.br você confere webdocs, podcasts, webinars, materiais didáticos e outros conteúdos.

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