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Campanha quer tirar papel moeda de circulação em periferias para evitar coronavírus

Organizadores justificam campanha voltada para as favelas porque "o dinheiro em espécie ainda é a forma de pagamento mais usada" nelas
21:18 | Abr. 09, 2020
Autor Gabriela Almeida
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Gabriela Almeida Repórter O POVO
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Tipo Notícia

Campanha realizada pela Agência de Notícias das Favelas (ANF) mira retirar o papel moeda de circulação das periferias brasileiras, com o intuito de evitar transmissão "em larga escala" do novo coronavírus, a Covid-19. A campanha “Dinheiro no Celular para Salvar Vidas” defende que método de pagamento virtual seja incentivado nas favelas do País, evitando que o papel moeda transmita a doença de forma massiva nas regiões.

Em nota divulgada no site da agência, organizadores justificam campanha voltada para as favelas porque “o dinheiro em espécie ainda é a forma de pagamento mais usada” nelas, citando ainda um alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o risco de transmissão da doença por meio do contato com o dinheiro. O papel moeda, de acordo com OMS, “troca de mão frequentemente e pode acumular todos os tipos de vírus e bactérias”.

Dessa maneira, idealizadores apontam como principal alternativa o “dinheiro no celular”, solicitando que o papel moeda seja tirado de circulação nas favelas e que sejam incentivados somente pagamentos ou transferência de forma digital. “Estamos vivendo uma guerra, onde a união e estratégia são fundamentais para evitar a morte de milhões de pessoas”, destacam.

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O Brasil registra até esta quinta-feira, 9, 17.857 casos de coronavírus e 941 mortes em decorrência da doença, de acordo com informações do Ministério da Saúde (MS). Ainda nessa quarta-feira, 8, a comunidade da Rocinha, periferia do Rio de Janeiro, registrou cinco mortes provocadas pela Covid-19. A enfermidade também já causou três mortes em Manguinhos, também no Rio, cujas áreas residenciais são predominantemente em favelas, de acordo com informações do O Globo.

O avanço nas periferias preocupa devido ao difícil acesso a serviços básicos que moradores das regiões possuem, assim como as situações de aglomerações comuns em favelas. No Ceará, estado que registrou até esta tarde 1445 casos da doença e 57 mortes em decorrência da Covid-19, de acordo com boletim da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o coronavírus já mostrou avanço nas periferias ainda no início desta semana.

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