Participamos do

Após críticas de Bolsonaro, Mandetta se coloca como "médico que não abandona o paciente"

O ministro, que recebeu apoio do Congresso Nacional através do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também afirmou que permanecerá "trabalhando para salvar o maior número de vidas que conseguir"
16:09 | Abr. 03, 2020
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, respondeu à críticas públicas tecidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de que estaria "faltando humildade" ao titular da pasta. A aliados, Mandetta tem afirmado que assumirá a postura de "médico que não abandona o paciente" diante do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As informações são do O Globo.

O ministro, que recebeu apoio do Congresso Nacional através do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também afirmou que permanecerá "trabalhando para salvar o maior número de vidas que conseguir" e disse que só deixará o Ministério se for demitido por Bolsonaro.

Participando de uma conferência de medicina, Mandetta não acompanhou a entrevista do presidente da República na noite de quinta-feira, 2, onde as críticas foram feitas. Questionado pela reportagem do O Globo, ele disse que não sabia dos comentários pois estava "trabalhando".

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Alguns de seus aliados classificaram sua resposta como uma saída estratégica para continuar no cargo de ministro enquanto for preciso "trabalhar". Mesmo com a confirmação de pessoas próximas de que Mandetta encontra-se "decepcionado" com o tratamento que vem recebendo do presidente, o titular federal da saúde segue conselhos de que mantenha "a frieza de um médico" diante de uma doença grave, sem se deixar abalar.

LEIA TAMBÉM | Pesquisa: 80% da população acredita na eficácia do isolamento social no Brasil

Presidente e ministro discordam diante da abordagem da pandemia de Covid-19. Bolsonaro afirmou, por mais de uma vez, que o isolamento social pode causar danos irreparáveis na economia, e já chegou a pedir que as pessoas voltem ao trabalho, o que vai de encontro ao posicionamento de Mandetta — que incentiva a população a não sair de casa e não trabalhar, já que o sistema de saúde poderia entrar em colapso com uma grande procura causada por um pico da doença.

Após admitir em entrevista que estava "se bicando" com Mandetta há algum tempo, o presidente também informou que não pretendia demiti-lo "no meio da guerra". "Em algum momento, ele extrapolou", afirmou Bolsonaro, dizendo também que o ministro deveria "ouvir um pouco mais o presidente da República".

ANÁLISE | Érico Firmo: Onde Bolsonaro quer chegar

Acesse a cobertura completa do Coronavírus >

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar