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Um passeio pela Barcelona de Gaudí, arquiteto catalão que marcou a arquitetura da cidade

O arquiteto catalão Antoni Gaudí marcou a arquitetura de Barcelona no final do século XIX e começo do século XX e foi autor de obras de referência no modernismo mundial
17:16 | Nov. 22, 2019
Autor Natália Coelho ESPECIAL PARA O POVO
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Tipo Notícia

Sob o olhar de Antoni Gaudí, arquiteto referência espanhol, Barcelona era um papel em branco pronto para ser pintado, desenhado, reformulado e renovado. Vanguardista e um dos maiores nomes mundiais do modernismo na arquitetura, o artista é autor de quantidade considerável de pontos turísticos da capital catalã, que até hoje é marcada pelo seus toque e ideias.

O Vida&Arte conheceu cidade traçada pelo olhar do catalão, entre igrejas, parques e casas, e separou um roteiro pela Barcelona de Antoni Gaudí, que marcou a cidade no final do século XIX e começo do século XX. 

Sagrada Família

Talvez o principal projeto de Gaudí, a igreja da Sagrada Família segue em construção desde 1882, com previsão de término para 2026. Uma mistura de inspirações, estilos e formas, a igreja é talvez o cartão postal mais conhecido de Barcelona e até da Espanha, em que as cores góticas e o tamanho imponente entre a simetria das ruas da cidade de destacam de longe.

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Por fora, os desenhos e esculturas contam histórias bíblicas por meio de texturas e formatos. Por fora, Gaudí se baseou em um bosque, com vitrais coloridos, grandes pilares como troncos e símbolos de animais sagrados, em uma estrutura mais simplificada, mas que ainda reflete o arquiteto. Grandiosa, foi tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade em 2005.

Dica: O ponto, por ser um dos principais locais de Barcelona, sempre lota, então o interessante é já chegar na igreja com o ingresso, que custa cerca de 17 euros, já comprado pelo site oficial da Sagrada Família. Com audioguia e visita às torres, o preço sobe para 32 euros, mas é um preço que vale a pena se pagar.

A Sagrada Família é um dos grandes pontos turísticos gaudianos de Barcelona
A Sagrada Família é um dos grandes pontos turísticos gaudianos de Barcelona (Foto: Letícia Guerra/Divulgação)

Parque Güell e Casa Museu Gaudí

Barcelona - tanto que na própria calçada há escadas rolantes -, reflete vivacidade e criatividade. O local foi construído entre 1900 e 1914 e originalmente iria ser um conjunto urbano. Entretanto, acabou se transformando em um parque em que as curvas, os animais, os prédios coloridos e parecidos com biscoitos de Gaudí ganharam ainda mais destaque, sendo declarado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984.

No mesmo terreno também se esconde por entre a natureza e as formas a Casa-Museu Gaudí, onde o arquiteto viveu para poder acompanhar a construção da igreja Sagrada Família. Lá estão expostos objetos pessoais e outras obras do artista.

Dica: Apesar de não ser tão grande, o parque vale os 10 euros. Para visitar a Casa-Museu se acrescenta cerca de 5 euros. É essencial também já ter o ingresso comprado (também pelo site oficial da Sagrada Família) antes de ir, pois há um limite de visitas diário.

Casa Batlló
A Casa Batlló é uma das casa que integram a avenida "Paseo de Gracia"
A Casa Batlló é uma das casa que integram a avenida "Paseo de Gracia" (Foto: Lívia Machado/Divulgação)

No Passeio da Graça, em que as casas e outras construções se exibem pela avenida, a primeira - e talvez a mais chamativa - é a Casa Batlló. A vista por fora já é suficientemente bonita para quem não deseja desembolsar 25 euros para entrar na construção - que pode ser comprado na hora a depender da estação. Envolta nas cores verde e roxo e bem iluminada, a casa chama atenção por seus relevos e de preferência deve ser visitada de dia e também à noite. O local foi tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2005.

Dica: Pelo arredores da avenida Passeig de Gràcia são diversas outras construções que chamam a atenção, então vale a pena sair pela avenida em busca de outras arquiteturas, como a Casa Amatller e a Fundación Antoni Tàpies.

 

Postes na Plaza Real

Não com só prédios e grandes construções o arquiteto Gaudí leva mérito. Na Plaza Real, ponto entre a famosa avenida Las Ramblas e o começo do bairro gótico de Barcelona, postes detalhados se diferenciam dos outros da cidade. Com seis braços, os postes à moda antiga exibem pequenas esculturas de dragões e detalhes em vermelho que chamam a atenção pela mistura do moderno com o clássico.

Dica: A Plaza Real é um ponto perfeito para sentar-se às mesas e tomar um café - nos dias frios - ou uma bela cerveja ou sangria - nos dias calorosos. Conversas em mesas de bares e cafeterias são tradições dos espanhóis, que não se importam com o horário, clima ou companhia. A ideia é passar o tempo.

La Pedrera (Casa Milà)
A Casa Milà é conhecida como La Pedrera
A Casa Milà é conhecida como La Pedrera (Foto: Erre Vieira/Divulgação)

Se entrar na Casa Batlló é uma opção, ir para a Casa Milà, conhecida também como La Pedrera, é obrigatório. Com formas indefinidas, portais de pedra e um trajeto pelo telhado - em que as curvas gaudianas são ainda mais evidentes -, a La Pedrera parece uma mistura de montanhas, cavernas e nuvens, o que confirma a prática de Antonio Gaudí em "arquitetar" a natureza (ou naturalizar a arquitetura). A Casa, construída entre 1905 e 1910, foi declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984.

Dica: Entrar na Casa não é barato (o ingresso mais em conta é pelo menos 22 euros), mas é uma experiência que vale a pena. Pelo site oficial da casa, os bilhetes são mais baratos e são várias as opções de experiências, desde visitar a Casa antes de abrir (39 euros) até experimentar a visita pela noite, quando a Casa se ilumina, com direito a jantar no estilo catalão (59 euros por pessoa).

  

Casa Vicens

Lúdica, colorida e chamativa, a Casa Vicens foi encomendada para ser uma Casa de Verão. Diferente das outras casas de Gaudí, a construção não é angulada, mas reta e as poucas curvas que exibe são mais sóbrias e simétricas. Sua construção é datada no ano de 1883, sendo também tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2005.

Dica: A visita à Casa é pelo menos 21 euros e é uma experiência única, assim como todas as outras construções de Gaudí. Entretanto, é uma das menos conhecidas e menos singulares obras do arquiteto. Vale, contudo, uma passada pela frente pelo menos, antes de seguir para o Parque Güell (visto que o caminho é similar).

A Casa Vicens é datada no ano de 1883, sendo também tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2005
A Casa Vicens é datada no ano de 1883, sendo também tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2005 (Foto: David Cardelús/Divulgação)

 

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