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Marchinhas e hits de rádio animaram o Carnaval mais "autêntico e destrambelhado" na Aerolândia

Formado sobretudo por famílias, o público do carnaval da Aerolândia parecia formar uma grande unidade
22:37 | Mar. 03, 2019
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O público que lotou o Mercado da Aerolândia neste domingo, 3, estava surpreso com a quantidade de foliões. É que o movimento do dia anterior havia sido fraco, e ninguém esperava tanta animação. Diziam que aquele era o Carnaval mais democrático da Cidade, o mais autêntico e o mais "destrambelhado".

Mercado da Aerolândia
Mercado da Aerolândia (Foto: Mauri Melo)

"É uma bagunça deliciosa. Parece carnaval de interior, com aquele monte de barraquinhas lá fora e, aqui dentro, todo mundo suado, pulando, dançando as marchinhas, jogando confete e serpentina", disse a assistente social Luciana de Andrade, que veio do Benfica para seu bairro de origem, onde ainda mora sua mãe. No palco, a banda Fortaleza Folia animava as duas com um repertório que ia dos clássicos da folia ao hits da rádio, passando por grandes sucessos do axé dos anos 1990.

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Formado sobretudo por famílias, o público do carnaval da Aerolândia parecia formar uma grande unidade. São primos em diferentes graus, vizinhos, clientes, velhos conhecidos que se esbarram e se cumprimentam. A festa acontece no seu terreiro. Dançavam ao redor de dona Maria Pereira, que aos 79 anos, maquiada e fantasiada, rodopiava ao som das marchinhas que marcaram sua época. "Eu amo carnaval, amo dançar, amo isso aqui", disse entre um passo de dança e outro.

Mercado da Aerolândia
Mercado da Aerolândia (Foto: Mauri Melo)

Na praça ligada ao mercado, o assistente técnico João Amadeu interrompia sua dança a cada minuto para posar diante das câmeras. Todos queriam ser fotografados ao seu lado, sua fantasia chamava atenção: com uma engenhosidade que se recusava a revelar, havia construído um Fofão (aquele da turma do Balão Mágico) que o carregava nos ombros. Durante toda a festa, sambou pra lá e pra cá na cacunda do boneco.

Em duas das extremidades do mercado, grupos de policiais garantiam a segurança dos foliões. Todos elogiavam o policiamento e a organização da festa. Nas ruas de acesso à estrutura, banquinhas de comida - vatapá, hambúrguer, pipoca, baião de dois, espetinho, cerveja, refrigerante, cachaça, água - e de adereços - asas de anjo, tiaras coloridas, máscaras de bruxa. Entre uma coisa e outra, filas de crianças para os pula pulas. Na festa da Aerolândia, se divertia quem tinha 8 e quem tinha 80.

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