Morre sambista Arlindo Cruz aos 66 anos

Morre sambista Arlindo Cruz aos 66 anos em consequência de um AVC

Sambista Arlindo Cruz estava em acompanhamento médico desde 2017, quando sofreu um AVC, mas parou de responder aos tratamentos de saúde desde julho deste ano

Morreu nesta sexta-feira, 8, o sambista Arlindo Cruz, aos 66 anos. O artista sofria com sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) desde 2017 e estava hospitalizado no Rio de Janeiro desde 25 de março deste ano. Segundo o G1, Babi Cruz, esposa do artista, confirmou o falecimento. 

Entre internações e altas médicas ao longo dos últimos anos, o estado de saúde do cantor repercutiu nas redes sociais, gerando um pedido de respeito pela família, que reclamavam de falsas notícias de morte do Arlindo.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Relacionado | Filha de Arlindo Cruz diz sentir-se abandonada após piora na saúde do pai

Em julho deste ano, a esposa de Arlindo disse em entrevistas que o artista já não respondia mais a estímulos como antes.

Em trecho da biografia “O Sambista Perfeito", escrito por Marcos Sales, ela declara: "Tivemos momentos lindos dele segurando copo, segurando biscoito… Hoje não temos mais isso do Arlindo. Hoje ele está bem dentro do mundinho dele, do universo dele. Bem distante".

Morre Arlindo Cruz: conheça a vida e obra do artista

Arlindo Cruz foi criado em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, e teve seu contato mais próximo com a música aos sete anos, quando ganhou seu primeiro cavaquinho. Aos 12 anos, o jovem já aprendera outros instrumentos, como o violão.

Foi esse território que ele cresceu que é tema de um dos maiores sucessos de sua carreira: a canção “Meu Lugar”, música tema da novela brasileira mais exportada do País, “Avenida Brasil”, que chegou a 148 países.

Dono de músicas consagradas na cultura brasileira, Arlindo Cruz também é a voz por trás de “O show tem que continuar”, “Saudade louca”, “O que é o amor”, “Tá perdoado”, “Camarão que dorme a onda leva”, “Bagaço da laranja”, entre outras.

Além disso, foi Arlindo Cruz um dos criadores da tradicional roda do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, que, todas as quartas-feiras, reunia nomes como Jorge Aragão, Beth Carvalho, Beto sem Braço, Ubirany, Almir Guineto, Zeca Pagodinho e Sombrinha.

Outros marcos na carreira do sambista incluem sua entrada para o grupo Fundo de Quintal, um dos principais do gênero samba no Brasil. Lá, Arlindo foi cantor e compositor por 12 anos e lançou 11 álbuns.

Depois, em 1993, o artista iniciou carreira solo e lançou oito álbuns com diferentes propostas e parcerias, como Sombrinha, Rogê e Arlindinho (seu filho). Arlindo é responsável ainda por importantes sambas-enredos da escola Império Serrano, Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu.

Dois anos antes de seu AVC, em 2015, o artista foi vencedor do 26º Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Músico de Samba. Antes disso, ele já era nome recorrente nas indicações de Samba/Pagode no Grammy Latino.

Arlindo Cruz foi homenageado em 2023 pela sua escola “do coração”, a G.R.E.S Império Serrano, que apresentou o samba-enredo “Lugares de Arlindo”, composto por Carlos Senna, Carlitos Beto Br, Sombrinha, Aluísio Machado, Rubens Gordinho e Ambrósio Aurélio.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar