Coletivo de Maracanaú celebra 11 anos com mostra no Dragão do Mar
Durante as quartas-feiras de agosto, o Coletivo Paralelo, de Maracanaú, apresenta repertório com quatro espetáculos para celebrar trajetória na cena teatral
A temporada comemorativa “Coletivo Paralelo: 11 anos lado a lado com a palhaçaria cearense” entra em cartaz, durante o mês de agosto, no Teatro Dragão do Mar, como mostra especial para celebrar a trajetória de mais de uma década do grupo de Maracanaú.
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A programação conta com quatro espetáculos diferentes que fazem parte do repertório do grupo: “A arte de não fazer nada”, “Contratempo”, “Roque Errou” e “Pedro, que horas são?”. O grupo é formado pelos artistas Neto Holanda, João Lucas Vieira, Carlos Coreano e Venicius Gomes.
Para João Lucas Vieira, estar num coletivo artístico há 11 anos é um símbolo de resistência. "Mais de uma década trabalhando de arte, vivendo de arte, eu acho um ato de extrema bravura. Abdicamos de muitas coisas pessoais e até profissionais para estar aqui", compartilha o artista, que é ator, palhaço e músico.
"O coletivo é uma casa para todo mundo. Mesmo que a gente faça outros trabalhos, sempre voltamos pra essa casa, esse lugar aconchegante, que é de trabalho, mas também é de amizade, de afeto", pontua o ator.
As apresentações misturam em cena as linguagens da palhaçaria, do teatro físico e da música ao vivo, além de abordarem temáticas que entrelaçam comicidade, poesia e crítica social.
A história do Coletivo Paralelo
O Coletivo Paralelo foi criado em 2014 e atua nos eixos da pesquisa, da produção e da pedagogia, desenvolvendo espetáculos, oficinas e ações formativas, explorando a potência do riso como ferramenta de expressão e impacto social, e sempre em diálogo com o tempo presente e as urgências do mundo atual.
“Ano passado nós fizemos 10 anos de grupo, mas por uma razão simbólica, visual e até engraçada, eu queria mesmo era comemorar os 11 anos, porque 11 é 1 e 1, é como se fosse paralelo. Então comemorar 11 anos tem esse sentido muito simbólico para nós, cômico também nesse sentido do número”, comenta Neto Holanda, fundador do coletivo.
“O Teatro Dragão do Mar foi também uma vitrine dos nossos trabalhos iniciais, então ter recebido esse convite para celebrar 11 anos nesse momento do grupo foi um grande presente para nós”, completa Neto Holanda, que é arte-educador, ator, palhaço e produtor cultural. .
Transitando entre os palcos, a rua e também o ambiente digital, os trabalhos do Coletivo Paralelo já marcaram presença em festivais importantes como o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT), o Festival Internacional de Circo do Ceará (Ficc) e o Festival de Inverno de Campina Grande (FICG), além de temporadas em teatros e centros culturais por todo o Nordeste, como o Theatro José de Alencar (TJA) e o Centro Cultural do Cariri.
O grupo fundou também a Academia do Riso, em 2017, primeira escola extensiva de palhaçaria do Norte-Nordeste, em parceria com o Theatro José de Alencar e o Instituto Dragão do Mar, formando centenas de artistas ao longo de suas 15 edições presenciais e 2 edições virtuais.
*Texto produzido pela jornalista Maria Babini/Especial para O POVO
Mostra comemorativa do Coletivo Paralelo no Teatro Dragão do Mar (Quarta do Circo)
"A arte de não fazer nada" (Neto Holanda)
- Quando: quarta-feira, 6, às 19h30min
"Contratempo" (Venicius Gomes e Carlos Coreano)
- Quando: quarta-feira, 13, às 19h30min
"Roque Errou" (João Lucas Vieira)
- Quando: quarta-feira, 20, às 19h30min
"Pedro, que horas são?" (Igor Cândido, Neto Holanda e Venicius Gomes)
- Quando: quarta-feira, 27, às 19h30min
Onde: Teatro Dragão do Mar (Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema)
Ingressos: R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia)
Vendas: Sympla ou bilheteria do teatro
Classificação livre (exceto “Pedro, que horas são?”, que tem classificação 10 anos)