Museu Nacional, no Rio de Janeiro, reabre sete anos após incêndio

Museu Nacional, no Rio de Janeiro, reabre sete anos após incêndio

Reabertura parcial marca momento histórico para o Museu Nacional, que passou por uma extensa reforma após o incêndio de 2018. Reconstrução completa tem previsão de ser finalizada até 2027

Nesta quarta-feira, 2, o Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro, reabriu ao público sete anos após o incêndio de 2018, que destruiu peças históricas e boa parte da estrutura do prédio.

Com uma exposição temporária que ficará dois meses em cartaz, a reabertura parcial é a primeira desde o episódio causado por falhas no circuito elétrico.

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Intitulada “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional”, a mostra conduzirá o público por uma trilha que começa com o retorno de uma peça conhecida: o meteorito Bendegó, o maior já encontrado em solo brasileiro, com mais de cinco toneladas.

Ao lado dele, estarão outros exemplares da coleção de meteorítica e uma instalação artística assinada por Gustavo Caboco, artista indígena que estabelece diálogos entre a ciência e a ancestralidade.

Outro destaque da exposição é o esqueleto de um cachalote de 15,7 metros de comprimento, montado sob uma nova claraboia, na escadaria monumental do palácio.

Ao todo, incluindo o salão de entrada, três ambientes fazem parte da exposição, que articula natureza, patrimônio e arte.

A mostra de reabertura especial ocorre de terça a domingo, até o dia 31 de agosto, e conta com entrada franca, com ingressos disponibilizados na plataforma Sympla.

Incêndio de 2018: relembre o episódio que destruiu o acervo do Museu Nacional

Instalado no antigo Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, que já foi residência da família real portuguesa e sede do Império do Brasil, o museu é um dos mais antigos e importantes da América Latina.

Fundado em 1818, ele abrigava um acervo de mais de 20 milhões de itens antes do incêndio de 2018.

À época, sobre o incêndio, a Polícia Federal descartou a hipótese de crime, apontando um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado como causa do acidente.

Entre os objetos perdidos estão fósseis, documentos históricos e artefatos indígenas. Contudo, parte dos fragmentos do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo já encontrado nas Américas, foi recuperada nos escombros.

Reabertura do Museu Nacional transforma fases do restauro em parte da exposição

Orçada em R$ 517 milhões, a reforma do Museu Nacional tem previsão de ser concluída até o fim de 2027.

O financiamento da obra foi dividido entre empresas públicas e privadas, por meio do projeto Museu Nacional Vive, uma parceria entre a UFRJ, a Unesco e o Instituto Cultural Vale.

A terceira e última sala inaugurada na reabertura parcial desta quarta-feira é, inclusive, dedicada à história do museu e à reconstrução do edifício.

A exposição destaca aspectos arquitetônicos e de restauro e conta com peças do acervo original sobrevivente, como duas esculturas de mármore de Carrara.

Exposição “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional”

  • Quando: de terça-feira a domingo, de 10h às 15 horas; exposição em cartaz até 31 de agosto de 2025
  • Onde: Museu Nacional (Quinta da Boa Vista - São Cristóvão, Rio de Janeiro)
  • Gratuito
  • Mais informações: @museunacionalufrj

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