Grupo de herdeiros de Tarsila do Amaral contesta tela inédita

Após herdeira de Tarsila do Amaral confirmar autenticidade de quadro inédito, grupo de sucessores contesta certificação

Uma parte dos herdeiros de Tarsila do Amaral está contestando a autenticidade da tela considerada inédita, que foi revelada em abril deste ano em uma feira de arte em São Paulo. Posta à venda pela OMA Galeria, o novo quadro da pintora brasileira está sendo avaliado em R$ 60 milhões.

Em comunicado enviado à imprensa na noite de quinta-feira, 21, cerca de 50% dos sucessores da artista plástica afirmam terem sidos “surpreendidos” pela divulgação e suposta certificação do novo quadro por parte de Paola Montenegro, sobrinha-bisneta e atual responsável pelo espólio de Tarsila.

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Na segunda-feira, 19, Paola, juntamente com Douglas Quintale, perito e presidente do Comitê de Autenticação Tarsila S.A, confirmou ao Jornal Nacional que a então obra inédita era de autoria da pintora.

“Os argumentos apresentados na matéria pela Sra. Paola Montenegro, para certificar a obra como autêntica, são inadmissíveis, por afirmação de que ‘basta um técnico de laboratório dizer que a tinta e a tela são compatíveis com a época’. Essa declaração revela total despreparo dessa pessoa e falta de capacidade técnica para apresentar, em rede nacional, uma conclusão dessa, sem qualquer discussão prévia com os demais herdeiros de Tarsila do Amaral, colocando em risco todo acervo da artista”, detalhou o grupo de herdeiros na nota.

Os sucessores explicam que esse “pequeno grupo de pessoas” não possui poder legal de afirmar qualquer autenticidade de obras de Tarsila do Amaral sem antes apresentá-la ao colegiado que elaborou o Catálogo Raisonné – publicação que identifica e legitima todas as obras conhecidas do artista.

Tela inédita teria sido vendida diretamente por Tarsila do Amaral em 1951

A dita tela inédita de Tarsila é declarada como parte da fase “Pau-Brasil”, ciclo artístico mais valioso e importante da trajetória da brasileira.

Ao noticiário da Globo, Thomaz Pacheco, galerista da OMA que revelou a obra, comentou que o quadro havia sido vendido diretamente por Tarsila a um libanês em 1951. Estando no Líbano até o ano de 1976, o quadro somente retornou ao Brasil em 2023.

Os herdeiros de Tarsila do Amaral que contestam a certificação da obra reforçam que não “compactuam com esse desrespeito às obras autênticas da artista”, declarando que vão tomar medidas que a “gravidade do caso exige”.

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