Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa diz preferir Bolsonaro a Lula

Apesar de preterir Lula, o vencedor do Nobel de Literatura de 2010 afirmou que Bolsonaro "cometeu muitos erros graves no governo"

O escritor peruano Mario Vargas Llosa, 86 anos, afirmou que entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), ele “prefere Bolsonaro”. A declaração foi dada pelo autor ao participar de um evento da instituição Centro de Estudos para o Desenvolvimento. Vencedor do Nobel de Literatura de 2010, Vargas Llosa afirmou: "O caso de Bolsonaro é um caso muito difícil. As palhaçadas de Bolsonaro são muito difíceis de admitir, para um liberal. Agora, entre Bolsonaro e Lula, eu prefiro Bolsonaro, desde já. [Mesmo] com as palhaçadas de Bolsonaro, Lula, não”.

O escritor, que foi derrotado em sua tentativa à Presidência no Peru em 1990 por Alberto Fujimori, ponderou, entretanto, que o atual presidente brasileiro não desperta seu "entusiasmo". “Bolsonaro não é um candidato que desperte nosso entusiasmo, e cometeu muitos erros graves no governo”.

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“O Brasil é um caso extremamente difícil de explicar. Lula esteve preso e não fomos nós que o condenamos, foram os juízes brasileiros que o condenaram com razão”, completou o peruano.

O autor e a Covid-19

No mês passado, Mario Vargas Llosa recebeu alta após enfrentar complicações causadas pela Covid-19. No período de internação, ele continuou escrevendo. "Nunca deixei de escrever artigos, nem nas situações mais difíceis", contou o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2010, ao comentar sua publicação mais recente na imprensa, uma resenha intitulada "Cervantes", sobre o livro de Santiago Muñoz Machado, diretor da Real Academia Espanhola.

Em conversa com o argentino Jorge Fernández Díaz, Vargas Llosa explicou que precisou ser internado porque, em consequência da Covid, teve dificuldade respiratória: "Foi uma experiência de apenas 24 horas, porém muito angustiante. Lembro-me como uma libertação quando me colocaram no oxigênio".

Vargas Llosa é o último representante vivo do boom latino-americano, no qual também se inscreveram o colombiano Gabriel García Márquez, o argentino Julio Cortázar e o mexicano Carlos Fuentes. No ano passado, foi eleito membro da Academia Francesa.

(Com informações da AFP)

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