Mãe e palhaça: artista cearense se apresenta com os filhos no picadeiro

Em primeira apresentação presencial desde o início da pandemia do Coronavírus, a palhaça Lu Nunes adaptou o espetáculo para dar atenção à filha de colo

As apresentações ao vivo nas artes cênicas são - na maioria das vezes - planejadas. Mas todos os artistas sabem que o que acontece em cena é imprevisível. A reação do público e a interferência de algum fator externo, por exemplo, são determinantes para o que ocorrerá nos palcos. E, com a palhaça Lu Nunes, o primeiro espetáculo presencial desde o início da pandemia teve a participação inesperada de sua filha recém-nascida.

Com menos de dois meses, Izadora começou a chorar logo no início da apresentação. “Eu dei a missão para a Amanda Santos (também palhaça), para ficar com ela enquanto a gente se apresentava. Não ia ser o espetáculo completo, seriam apenas 20 minutos. Então imaginei que fosse ser rápido. Ela ficou muito tranquila no colo, mas começou a chorar. Eu já fiquei muito apreensiva”, conta. 

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Ao lado da Trupe do Carrapicho, inverteu a ordem da apresentação. “Eu saí para dar de mamar. O número do Carrapicho (que também é seu filho) acabou, e eu eu entrei com ela na cena. Ela continuou mamando mesmo assim. No número do musical, eu toco a sanfona, mas não tinha como fazer isso, então a Amanda escolheu uma música que não precisasse do instrumento".

O gosto pelo picadeiro parece, de fato, ser "de família". Benjamin Nunes, o filho mais velho de Lu, se apresenta como Palhaço Carrapicho desde os dois anos de idade. Hoje, aos oito, ele esbanja simpatia e domínio do palco (e das telas) em suas apresentações. 

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A sexta-feira, 7, marcou o retorno presencial do trio Carrapicho, Tica e Pitchula. Após mais de 380 dias longe do público, o espetáculo aconteceu a partir de um convite do movimento social Antônio Justa, que promove atividades culturais.

“A gente não tinha se tocado de que ia ter público. Foi uma explosão, ficamos muito empolgados, por mais que fosse pouco público, porque às vezes a gente sabe que não dá aquele gás todo no início até conhecer as pessoas. Só de não estar apresentando para uma câmera ou para um celular foi empolgante”, comenta.

A palhaça retornou à atividade pouco tempo depois de dar luz à Izadora. “Eu passei a gravidez inteira durante a pandemia. O pouco que a gente apresentou foi em live, que fiz grávida. A última live eu estava com oito meses”, lembra.

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“Eu não sabia com quanto tempo eu retornaria para a Trupe do Carrapicho, por causa do parto. Mas, depois, eu já estava me sentindo bem e pronta para fazer apresentações. Fizemos a primeira à distância com ela. Agora com um mês e meio, ela teve que ir acompanhando. Ela é muito tranquila”, diz.

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