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"Candidatos" ao Oscar 2021 e novos membros: confira novidades da Academia de Hollywood

Mesmo tendo adiado a próxima edição para abril, premiação norte-americana apresentou novidades nos últimos dias

A edição de 2021 do Oscar já se tornou histórica antes mesmo de sua realização. Com a pandemia do novo coronavírus, não somente a data da realização da 93ª cerimônia mudou, mas também uma série de regras. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas alterou critérios de elegibilidade para acolher na disputa filmes que estrearam em serviços de vídeo sob demanda por conta da impossibilidade de ocuparem as salas de cinema. No começo da semana, a Academia anunciou a primeira leva de obras submetidas à disputa e que estão na plataforma de streaming exclusiva dos votantes. Entre elas, estão os filmes da Netflix Destacamento Blood e “Você Nem Imagina”, o elogiado drama Never Rarely Sometimes Always e a animação “Trolls 2”.

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Completam a lista "A Assistente", de Kitty Green; "Crip Camp: Revolução Pela Inclusão", de James Lebrecht e Nicole Newnham; "O Rei de Staten Island", de Judd Apatow; "Lost Girls: Os Crimes de Long Island", de Liz Garbus; e "Military Wives", de Peter Cattaneo. Os filmes anunciados não são indicados, ou mesmo pré-indicados, ao prêmio. A presença deles na plataforma da Academia os torna, na verdade, apenas elegíveis para o prêmio. Geralmente, em contexto regular, qualquer filme que estreasse nas salas de cinema cumprindo regras específicas era considerado elegível. Para a premiação de 2020, por exemplo, a Academia anunciou uma lista de 344 longas.

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O percurso para a edição de 2021 da premiação, no entanto, é sem precedentes. Por isso, não é possível inferir de partida se os nove primeiros filmes anunciados têm alguma “vantagem” na disputa. O fato é que, entre eles, há longas que foram bastante elogiados e considerados potenciais candidatos para a premiação quando estrearam - como no caso de “Destacamento Blood”, novo filme de Spike Lee já disponível na Netflix, e “Never Rarely Sometimes Always”, premiado longa de Eliza Hittman.

Junto do anúncio dos filmes, a Academia também adiantou aos votantes que adicionará filmes submetidos pelas distribuidoras à premiação na plataforma pelos próximos oito meses para “permitir (que os membros) continuem a assistir os melhores filmes, performances e conquistas que nossa indústria tem a oferecer”.

Novos membros

Na continuidade de uma iniciativa que visa garantir maior diversidade ao corpo de votantes, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas também anunciou os 819 novos nomes que convidou para tornarem-se membros. Há brasileiros na lista, como a montadora Cristina Amaral e o animador Otto Guerra.

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Segundo informou a Academia, dos novos membros, 45% são mulheres, 36% são não-brancos e 49% são de fora dos Estados Unidos. O compromisso de dobrar o número de mulheres e pessoas não-brancas até 2020 foi também cumprido, conforme texto de divulgação.

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Confira alguns dos novos membros da Academia:

- Cristina Amaral, montadora ("Alma Corsária", "Um filme de verão")
- Julia Bacha, documentarista ("Budrus")
- Tiago Pavan, produtor ("Democracia em Vertigem")
- Mariana Oliva, documentarista e produtora ("Democracia em Vertigem")
- Marcos Waltenberg, executivo
- Otto Guerra, animador/diretor ("Cidade dos Piratas)
- Vincent Carelli, diretor (“Martírio”, “Corumbiara”)
- Yalitza Aparicio, atriz (“Roma”)
- Cynthia Erivo, atriz e cantora (“Harriet”)
- Adèle Haenel, atriz (“Retrato de uma Jovem em Chamas”)
- Udo Kier, ator (“Bacurau”)
- Park So-Dam, atriz (“Parasita”)
- Ari Aster, diretor (“Midsommar”, “Hereditário”)
- Mati Diop, diretora (“Atlantique”, “Mil Sóis”)
- Ladj Ly, diretor (“Os miseráveis”)
- Robert Eggers, diretor (“O Farol”, “A Bruxa”)

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