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Kondzilla, um perfil do empreendedor do funk

Em entrevista exclusiva ao O POVO , o dono de um dos maiores canais de YouTube do País, produtor e empresário KondZilla destaca o poder do digital e a força da produção nacional
19:05 | Mai. 29, 2020
Autor João Gabriel Tréz
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João Gabriel Tréz Repórter
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Tipo Notícia

Muitos dos principais hits que animaram o País nos últimos anos são frutos de uma ideia que se concretizou nos idos de 2012, a partir de iniciativa do jovem Konrad Dantas - mais conhecido como KondZilla. É esse, também, o nome do canal do YouTube que, hoje, é o maior do Brasil e um dos maiores do mundo. Já são 30 bilhões de visualizações acumuladas em clipes como os de "Bum Bum Tam Tam", "Sentadão" e "Baile de Favela", para citar alguns dos sucessos da marca. Ele esteve em Fortaleza no início de março e, na ocasião, falou com o jornalista e colunista de música do O POVO Marcos Sampaio sobre a trajetória e questões atuais do mercado da música. No papo, Kond abordou, ainda, temas como racismo, a fabricação de um hit, o cenário brasileiro em meio à era da informação e aposta na busca por criar as próprias oportunidades. Confira alguns destaques da entrevista, que está disponível na íntegra exclusivamente no O POVO , plataforma multistreaming do O POVO.

"O interesse por música começou quando eu tinha 11 anos de idade. Escrevi o nome de uma gravadora na porta do meu armário e eu era o dono e o único artista dela", lembrou Konrad. "Fui juntando os amigos da rua, da igreja, fazendo compilações das músicas que tocavam na região, capas dos CDs dos artistas do meu bairro, e depois comecei a produzir algumas músicas no computador. Hoje entendo que era um movimento de ser um executivo da música", observou.

"Minha questão era viabilizar a produção. Isso me deu bagagem para que hoje eu construísse - junto com meu sócio Marcelo Portuga - uma das maiores gravadoras do gênero no País", avançou. A gravadora KondZilla Records foi criada em 2017, seguindo o canal e a produtora audiovisual. A marca ainda é uma plataforma "de conteúdo do jovem de favela do Brasil". Kond, pessoa física, ainda leva os créditos de criação da série original Netflix "Sintonia", lançada em 2019. "Sou um artista do entretenimento, do business", definiu-se o produtor e empresário na entrevista.

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A vinda do produtor a Fortaleza se deu por conta da participação do empresário no 4º Seminário Internacional de Políticas Públicas Inovadoras, realizado entre os dias 4 e 6 de março de 2020. Nele, Konrad compôs música sobre juventude e empreendedorismo. O artista também visitou, no período, o Cuca Jangurussu, da Rede Cuca, onde conversou com os jovens do equipamento sobre música e mercado de vídeos. Os assuntos também permearam a conversa com o OP . "KondZilla vira um sucesso a partir do momento em que a gente entende a força do digital. O canal passa a promover e produzir conteúdo audiovisual e veicular, inicialmente, no canal desses artistas. A ideia seguinte foi se tornar um hub, uma curadoria, um lugar onde todas as pessoas pudessem encontrar as canções preferidas ou as últimas lançadas", contextualizou.

"A música sempre vai existir, o que vai mudar é onde ela vai ser explorada, comercializada e distribuída", atestou. Na avaliação do empresário, a produção brasileira é uma potência local e global. "O Brasil é o segundo maior território de consumo das principais plataformas de streaming e VOD. São poucos os países que têm a força de consumir suas próprias músicas e, se a gente pegar o top 50 ou top 10, das principais plataformas daqui, a maioria das canções são de artistas brasileiros", observou.

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