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Ceará é o 3º estado que mais emprega na cultura; média salarial no setor, no entanto, é a 2ª pior do País

Pesquisa do IBGE referente aos indicadores do setor cultural divulgada hoje, 5, traz ainda informações sobre os gastos das famílias com acesso à Internet, à televisão e posse de telefone, assim como acesso a equipamentos culturais e meios de comunicação
11:22 | Dez. 05, 2019
Autor O POVO
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O Ceará é o terceiro estado brasileiro a empregar a maior quantidade de pessoas no setor cultural, com um percentual de 6,4% das ocupações formais e informais. A média do País é de 5,7%. Em contrapartida, é a 2ª unidade federativa que pior paga aos trabalhadores da área, com média salarial superior apenas à paraense em 2018.

A informação está disponível no Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) 2007-2018, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 5.

Na proporção de trabalhadores na área da cultura, São Paulo e Rio de Janeiro se consolidam no topo da lista — com 7,1% e 6,8% em relação à população local empregada, respectivamente. Logo após aparecem os 6,4% do Ceará, único estado do Nordeste com mais de 6% da população ocupada empregada na área.

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Para se ter ideia, o estado nordestino mais próximo do Ceará no ranking de foi a Paraíba, com índice de 5,7%. Todos os outros sete ficaram abaixo dos 5%, fechando uma média geral de 4,8%. A média cearense é “puxada para cima” sobretudo por Fortaleza, onde empregados na área representam 8,3% da população ocupada.

2º pior rendimento; homens ganham 66% mais

O cenário se altera significativamente na análise de remuneração: o rendimento médio mensal nacional de pessoas com 14 anos ou mais dedicadas às atividades culturais foi estimado em R$2.193, 00, levando em conta a inflação. O número foi 8,3% menor que em 2014.

No Ceará, o valor médio de rendimento na área é de tão somente R$1.144,00, apenas seis reais a mais que a média de R$1.138,00 do Pará. O rendimento da área no Estado, considerando os dados fornecidos pelo SIIC, equivale a 30% da média salarial do Distrito Federal, a maior do País para o setor e avaliada em R$3.763,00.

O setor ainda apresenta grande disparidade entre gêneros e raças no Ceará. Homens empregados na cultura no Estado, por exemplo, tinham em 2018 rendimentos médios de R$ 1.457,00, contra apenas R$ 877,00 entre mulheres, sendo a média masculina 66% maior que a feminina. Em Fortaleza, a diferença aumenta, com média masculina de R$ 2.062,00 contra média feminina de R$ 1.222,00.

Entre raças, pessoas da cor branca que trabalham na área tiveram média de rendimentos em R$ 1.715,00 no Estado, contra apenas R$ 932,00 pretos ou pardos. Na Capital, a disparidade entre raças também é maior, com a média entre brancos aumentando para R$ 2.420,00, contra média de R$ 1.177 para pretos ou pardos.

Gastos estaduais aumentaram

Nos destaques positivos, o Ceará — ao lado de Maranhão e Pará — apresentou incrementos expressivos nos dispêndios efetivados pela esfera estadual em 2018. Na análise dos gastos da administração pública das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) entre 2011 e 2018, o SIIC aponta uma redução do total dos gastos públicos alocados no setor cultural pelos governos estaduais em 27,5% no ano passado.

Em sua quarta edição, o SIIC reúne um base de informações e indicadores relacionados ao setor cultural — como análise dos gastos da administração pública, do Índice de Preços da Cultura (IPCult), dos gastos das famílias e do acesso à Internet, à televisão e posse de telefone, assim como acesso a equipamentos culturais e meios de comunicação.

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