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Coronavírus paralisa produção de celulares no Brasil

Fábricas de Samsung, Motorola e LG estão com falta de peças vindas da China
20:54 | Fev. 28, 2020
Autor Bemfica de Oliva
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Bemfica de Oliva Repórter
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Tipo Notícia

A epidemia de coronavírus que se espalha por diversos países já infectou mais de 83 mil pessoas, com quase 3 mil mortes confirmadas. Outro reflexo da enfermidade está na questão econômica: a China, epicentro da doença e local com maior número de casos, é sede de milhares de empresas de eletrônicos. Como estas companhias fornecem para marcas do mundo inteiro, o fechamento das fábricas chinesas afeta toda a cadeia produtiva.

Os efeitos dessa paralisação já são sentidos na indústria de eletrônicos brasileira. Entre os dias 12 e 14 deste mês a Samsung paralisou os trabalhos de sua fábrica em Campinas (SP), afetando cerca de 2,5 mil funcionários. A Motorola, pela fabricante terceirizada Flextronics, também deu férias coletivas de dez dias, entre 17 e 26 deste mês. A paralisação foi prorrogada e deve seguir até esta sexta-feira, 28, e há outra planejada para março. As informações são do Valor Econômico.

A LG, segundo a Folha de São Paulo, iniciará férias coletivas, que devem acontecer entre os dias 2 e 11 de março. Todas as empresas alegam o mesmo motivo: falta de componentes, que não estão sendo entregues pelos fornecedores chineses devido ao surto de coronavírus.

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A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) realizou dois levantamentos este mês sobre o impacto da epidemia na produção de eletroeletrônicos no Brasil. Segundo a sondagem divulgada em 7 de fevereiro, 22% das empresas pesquisadas sinalizaram a possibilidade de parar a produção devido à falta de componentes vindos da China, enquanto 52% relataram problemas de insumos insuficientes. Já em outro relatório, publicado no último dia 21, 46% das fabricantes planejavam paralisações, enquanto 57% das empresas lidavam com escassez de peças.

A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo notificou diversas fabricantes de eletrônicos sobre a falta de componentes. Huawei, Lenovo, LG, Panasonic, Samsung, Semp Toshiba e Sony devem informar ao órgão, dentro de 72 horas, se possuem um plano de ação para evitar que a epidemia de coronavírus impacte na disponibilidade de peças para as assistências técnicas das marcas.

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