Alaskapox: o que se sabe e o que falta descobrir sobre o vírus

Autoridades relatam o primeiro caso fatal conhecido da "varíola do Alasca". Entenda mais sobre a doença descoberta em 2015

A Divisão de Saúde Pública do Alasca identificou o primeiro caso de infecção grave resultando em hospitalização e morte por um vírus recentemente descoberto. Os Estados Unidos confirmaram a primeira morte decorrente de complicações da “Alaskapox” ou “Varíola do Alasca”.

Desde a sua descoberta em 2015, foram relatadas sete infecções por varíola do Alasca, sendo seis delas em dezembro do ano passado, de acordo com o Departamento de Saúde do estado. Um idoso veio a óbito no final de janeiro devido complicações da doença.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

 “O status de imunocomprometido do paciente provavelmente contribuiu para a gravidade da doença", divulgou a pasta.

Alaskapox: o que é?

O vírus Alaskapox foi descoberto pela primeira vez em 2015 em uma mulher que morava perto de Fairbanks. Este vírus pertence a um grupo de vírus denominado ortopoxvírus que infectam mamíferos e causam lesões na pele.

Estudos de captura de animais confirmam a presença do vírus em pequenos mamíferos na Penísula de Kenai. No entanto, é provável que o vírus esteja presente de forma mais ampla nas proximidades e que tenham ocorrido mais infecções em humanos que não foram identificadas.

LEIA MAIS | As epidemias que também contam a história do Ceará

Alaskapox: quais os sintomas da doença?

Pessoas com a varíola do Alasca tiveram lesões cutâneas e outros sintomas, como gânglios linfáticos inchados e dores articulares ou musculares.

Vários pacientes com a Alaskapox inicialmente pensaram que tinham sido picados por uma aranha ou outro inseto. Quase todos os pacientes apresentavam sintomas leves que se resolviam sozinhos após algumas semanas. 

Segundo os órgãos de saúde, apenas um paciente idoso com uma condição imunocomprometida desenvolveu doença grave e morreu após doença prolongada.

Embora a transmissão do vírus entre humanos ainda não tenha sido observada, alguns ortopoxvírus podem se espalhar por contato direto com lesões da pele.

Alaskapox: o que falta descobrir sobre o vírus

Muito ainda não se sabe sobre o vírus, incluindo como ele se espalha dos animais para os humanos e há quanto tempo existe.

McLaughlin, epidemiologista estadual e chefe da Seção de Epidemiologia do Alasca, disse em entrevista à CNN que o Alaskapox é um vírus do “velho mundo”, normalmente encontrado na África, Ásia e Europa.

Os outros seis pacientes que já contraíram a Varíola do Alasca tiveram apenas sintomas leves e se recuperaram em algumas semanas. Então, existe a possibilidade de outros casos não terem sido diagnosticados corretamente.

“Não há necessidade de que as pessoas de fora do Alasca se preocupem”, disse McLaughlin. “Aqueles que vivem no Alasca devem estar cientes de que é uma infecção que podem adquirir”, completa.

Alaskapox: primeira vítima fatal da doença nos EUA

O homem, que vivia na remota Península de Kenai, foi hospitalizado em novembro do ano passado e morreu no final de janeiro. Ele morava sozinho numa área florestal e cuidava de um gato de rua, o que levanta a hipótese da transmissão.

O boletim divulgou que o gato testou negativo para o vírus, mas “caçava regularmente pequenos mamíferos e frequentemente arranhava o paciente”. Isso abre a possibilidade de o gato ter o vírus nas garras quando o arranhou. O homem tinha um arranhão próximo à região das axilas, onde a lesão vermelha foi observada.

O idoso estava em tratamento contra um câncer e tinha o sistema imunológico fragilizado por causa dos medicamentos, o que pode ter contribuído para a gravidade de sua doença, segundo o boletim.

Gripe H1N1: CONHEÇA os principais sintomas e as formas de prevenção

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Alaskapox variola do alasca virus do alasca o que e alaskapox alaskapox sintomas alaskapox transmissao

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar