Parto cesárea: entenda como funcionam a anestesia e os procedimentos

Especialistas explicam o tempo de duração correto da anestesia em cesariana e como deve ser o acompanhamento da mulher

Após o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra ser preso por estuprar uma paciente que passava por uma cesariana em um hospital do Rio de Janeiro, na segunda-feira, 11, dúvidas sobre os procedimentos realizados durante o parto começaram a surgir. 

O ginecologista e obstetra da Sollirium Health Group, doutor Zeus Peron, pontua que, atualmente, as maternidades não proíbem a presença do acompanhante, pelo contrário. “Mesmo pacientes de alto risco têm direito ao acompanhante durante o parto, seja ele parto vaginal ou abdominal”, informa.

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Direito esse que é garantido pela Lei Federal Nº 11.108, de abril de 2005, na qual está previsto que “os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato”.

Quanto tempo dura a anestesia no parto cesárea?

Quanto à anestesia aplicada na gestante no momento do parto cesárea, a anestesiologista do Hospital Universitário Walter Cantídio e membra do grupo Nascere, Ivna Silveira, afirma que o mais comum é que seja realizada a anestesia loco-regional, também conhecida como raquianestesia ou peridural.

Segundo Ivna, a raquianestesia é aplicada nas costas e se caracteriza pela imobilidade dos membros inferiores, que voltam a mexer cerca de duas ou três horas depois. Tempo que pode ultrapassar o do parto cesariano, cuja duração é de cerca de uma hora, a depender da urgência e da complexidade da operação.

“Nesse caso não se aplica nenhuma medicação para a gestante dormir, inclusive para que não passe para o efeito para o bebê e para que a gestante tenha a memória naquele momento sublime do parto. A anestesia nas costas garante que a cirurgia seja realizada sem que a gestante sinta dor”, explica a anestesiologista.

Já a anestesia geral, na qual a paciente necessita ser entubada, é realizada em raríssimas exceções, como em pacientes graves, com insuficiência respiratória, plaquetas extremamente baixas, que tenham malformação do aparelho osteomuscular ou ainda em casos de alguma emergência, como descolamento prematuro de placenta. “Anestesia geral sempre será a exceção”, declara Ivna.

A anestesiologista ressalta ainda que as pacientes seguem, na grande maioria das vezes, conscientes durante o parto. Com exceção de quando há necessidade de anestesia geral ou sedação.

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