Diabetes matou uma pessoa a cada 5 segundos apenas neste ano

Diabéticos podem chegar a 784 milhões no mundo até 2045, conforme preveem especialistas. A doença pode causar comprometimento dos rins, da visão, causar problemas no coração e acidente vascular cerebral

Um em cada dez adultos vive com diabetes. Nos últimos dois anos, houve um aumento de 16% do número casos de diabetes em todo o mundo. Conforme dados preliminares do Atlas do Diabetes, divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), 537 milhões de pessoas de 20 a 79 anos de idade têm diabetes no mundo. A doença atingiu a prevalência global de 10,5% e foi responsável por 6,7 milhões de mortes, uma a cada cinco segundos, apenas em 2021. Quase metade das pessoas (44,7%) convivem com a doença sem o diagnóstico.

Os especialistas da IDF afirmam que o diabetes está saindo do controle, eles preveem ainda que o número de diabéticos no mundo chegue a 643 milhões até 2030 e 784 milhões até 2045. No próximo domingo, 14, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, instituído em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), a data pretende conscientizar o mundo sobre o reflexo da doença na saúde e mortalidade da população.

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Para o médico nutrólogo Fernando Guanabara, o aumento de casos pode estar associado à diabetes tipo 2, versão ligada ao estilo de vida dos indivíduos. “Com a pandemia de Covid-19, a população ficou mais sedentária. As pessoas tiveram mais estresse, piora na qualidade do sono e alimentação, o que acarreta no ganho de peso e pode alterar os marcadores de açúcar no sangue”, explica em entrevista à jornalista Letícia Lopes, da rádio O POVO CBN.

O médico ressalta a importância da avaliação preventiva. “A doença não aparece de repente, é possível fazer o diagnóstico precoce e identificar quando o paciente está pré-diabético. Normalmente os pacientes que apresentam adversidades metabólicas estão com aumento de peso, de percentual de gordura ou com obesidade”, afirma.

Ele explica ainda que a diabetes tipo 1 é de origem hereditária e está associada à uma doença autoimune, isso representa 10% dos casos. Ela independe do estilo de vida da pessoa, crianças com apenas dez anos já podem começar a desenvolver a doença. Já o tipo 2 pode ser evitado, segundo o nutrólogo. Apesar de ser uma doença crônica e progressiva, cuidados com a alimentação, realizar atividades físicas e a manutenção do peso são alguns dos hábitos que podem fazer a diabetes tipo 2 regredir.

O mais preocupante, explica, é que a doença pode comprometer outros órgãos. Ele alerta ainda que, por se tratar de uma doença silenciosa, sem sintomas, o paciente pode apresentar, ao longo do tempo, microlesões vasculares que podem comprometer os rins, a visão e gerar processos inflamatórios que causam doenças no coração e acidente vascular cerebral (AVC). “O excesso de açúcar, quando o paciente se torna diabético, é um gatilho para várias outras doenças”, disse.

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