Ceará suspende vacina antecipada contra sarampo por não registrar casos há 16 meses

Estado não registra novos casos da doença há 16 meses. A dose zero (D0) da vacina tríplice viral ainda deve ser aplicada em pessoas de seis meses a um ano de idade que tenham entrado em contato com casos suspeitos ou confirmados de sarampo

Em nota de alerta publicada nessa terça-feira, 22, a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) suspendeu a aplicação da vacina antecipada contra sarampo em bebês de até seis meses. Isso porque o Estado não registra novos casos da doença há 16 meses, desde 28 de março de 2020, indicando que a circulação do vírus foi interrompida. No País, 17 das 21 Unidades Federadas (UF) também apresentaram ausência de registros de sarampo.

No entanto, a chamada dose zero (D0) da vacina tríplice viral, que também é eficaz contra caxumba e rubéola, ainda deve ser aplicada em pessoas de seis meses a um ano de idade que tenham entrado em contato com casos suspeitos ou confirmados de sarampo. Segundo a Sesa, estas são “alvo do bloqueio vacinal e poderão receber a dose zero de forma seletiva, de acordo com seu histórico de vacinação”.

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O POVO questionou a Sesa sobre os riscos de suspender a dose zero em bebês de até seis meses, mas não obteve resposta da pasta até a publicação desta matéria.

O imunizante deve ser administrado em duas doses, sendo a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Pessoas até 29 anos precisam comprovar as duas doses, enquanto aquelas entre 30 a 59 precisam comprovar apenas a primeira. Trabalhadores da saúde, independente da idade, precisam comprovar ambas as doses.

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A meta de cobertura vacinal do público-alvo determinada pelo Ministério da Saúde é de 95% para estados e municípios. No Ceará, o índice ficou em 90% no ano passado, interrompendo uma sequência positiva de quatro anos consecutivos: 2016 (119%), 2017 (100,69%), 2018 (111,46%) e 2019 (103,02%).

Os principais sinais de surgimento do sarampo são o aparecimento de manchas vermelhas e borbulhas na pele, acompanhadas de febre, tosse, mal-estar e irritação nos olhos e nariz. O diagnóstico laboratorial ocorre por meio de exame sorológico, realizado a partir de amostra de sangue.

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