Fiocruz declara que não há evidências de que vacina AstraZeneca aumenta risco de trombose
A Fiocruz reforçou que, dos 3 milhões de brasileiros imunizados, não houve registros de trombose em decorrência da vacinaçãoA Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez posicionamento, nesta terça-feira, 16, sobre os eventos que relacionam casos de trombose à indivíduos imunizados com a vacina AstraZeneca, de Oxford. Segundo a Fiocruz, as ocorrências adversas detectadas não apresentam nenhuma relação causal com a vacina, sendo casos isolados. Ainda, de acordo com a Fundação, cerca de 3 milhões de brasileiros já foram vacinadas com o imunizante e, até o momento, não há registros de formação de coágulos sanguíneos nos indivíduos vacinados.
No posicionamento, a Fiocruz reforça a posição de outras agências reguladoras sobre segurança da vacina. De acordo com a farmacêutica Oxford, até 8 de março foram relatados 15 eventos de trombose venosa profunda e 22 eventos de embolismo pulmonar. Em investigação, referente à vacinação das mais de 17 milhões de pessoas na União Europeia e Reino Unido, não comprovação no aumento do risco de trombose para qualquer faixa etária, gênero ou lote de vacina de determinado país.
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Já a agência regulatória da União Europeia, em comunicado, declarou que não irá suspender a administração da vacina pois não foi demonstrada relação direta dos casos com a vacina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também defende a continuidade da vacinação e, inclusive, autorizou seu uso emergencial.
Nesta segunda-feira, 15, a Anvisa comunicou que “vem monitorando cinco casos suspeitos de eventos tromboembólicos aqui ocorridos, não havendo, até o momento, correlação estabelecida entre o uso da vacina Fiocruz/Astrazeneca com eventos adversos relacionados à coagulação sanguínea”.
A Fiocruz aguarda a conclusão das investigações dos casos relatados. A fundação reforçou, ainda, a importância da vacinação, reafirmando seu compromisso com a farmacovigilância da vacina no Brasil.