Participamos do

Está sedentário? Veja dicas de como retomar os exercícios físicos

O comportamento sedentário abre espaço para o aumento de hormônios do estresse, enfraquece os músculos e deixa os ligamentos menos flexíveis
14:31 | Nov. 04, 2020
Autor Catalina Leite
Foto do autor
Catalina Leite Repórter do OP+
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Durante os meses pandêmicos de abril e maio de 2020, 62% dos adultos brasileiros deixaram de fazer exercícios físicos. O impacto é maior para as faixas de 18 a 29 anos e 30 a 39 anos, que reduziram as práticas físicas em 22,8% e 23%, respectivamente. Os dados são da pesquisa de comportamento ConVida, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No entanto, a causa pode estar um pouco além do confinamento, analisa Ana Luísa Santos, professora do curso de Educação Física na Universidade Estadual do Ceará (Uece) e coordenadora de Educação Física da Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ). De acordo com ela, o brasileiro é culturalmente desestimulado a praticar exercícios físicos, especialmente pela ausência de parquinhos em praças, campos ou outros equipamentos.

Assim, o que a população tinha por movimentação física era para fins rotineiros: andar até o trabalho, correr atrás do ônibus ou até fazer a aula de educação física na escola. A maioria dessas atividades foram limitadas ou substituídas por ficar na frente do computador, sentado, durante a pandemia de Covid-19.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

LEIA TAMBÉM | Confira dicas de exercícios lúdicos para as crianças na quarentena


“Nós tivemos que ficar reclusos em casa, em um contexto muito estressante, [o que aumenta] os níveis de cortisol. O cortisol é um hormônio extremamente prejudicial à saúde física e mental, e a atividade física entra com hormônios relacionados ao prazer, que equilibram os níveis de estresse”, explica Ana Luísa.

Da mesma forma, o professor de Educação Física da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ricardo Gonzalez, lembra que o sedentarismo também acarreta mudanças fisiológicas no corpo. “Existe uma atrofia muscular, os músculos vão perdendo força, e também existem algumas alterações nos ligamentos, que ficam mais rígidos”, diz.

Dicas

Os profissionais de Educação Físico Ana Luísa e Ricardo dão dicas de como retomar ou começar a praticar exercícios físicos. Confira:

Entenda a importância de criar uma rotina: se o corpo tem horário para comer, dormir e acordar, ele também tem para praticar exercícios. Para todos que estão retomando os exercícios físicos ou começando de vez, é necessário definir um horário específico para praticar e ater-se a ele. No começo será difícil, mas a cada dia será mais natural à rotina.

Escolha o que te dá prazer: uma das funções dos exercícios físicos é reduzir os níveis de estresse. Por isso, não faz sentido correr se você odeia corridas. Escolha algo que te dá prazer - pode ser natação, caminhadas, corridas, hidroginástica, ioga, musculação… Veja as opções!

Procure um profissional: o ideal é sempre procurar um profissional de Educação Física para acompanhamento, pois ele é capaz de desenvolver exercícios que não causarão danos ao corpo. Muitas academias já voltaram a abrir, desde que seguindo as medidas sanitárias. No entanto, vários profissionais adotaram modelo remoto de acompanhamento.

Cuidado com a intensidade do retorno: se você está tentando sair do sedentarismo, é preciso estar consciente de que o corpo está mais fraco e inflexível. É preciso retornar aos poucos, com intensidade leve a moderada. Segundo os professores, o recomendável é evitar exercícios de alto impacto durante a pandemia.

Aulas online e gratuitas

A professora Ana Luísa reforça que cada corpo é um corpo e que “não existe receita de bolo” quando o assunto é planejamento de exercícios. Por isso, o melhor é se afastar de qualquer aplicativo que ofereça rotinas de atividades apenas com base nas medidas de peso e altura.

Mesmo sendo considerados como alternativa para aqueles que não têm como pagar uma academia, os aplicativos desconsideram comorbidades e lesões corporais dos usuários, exemplifica a educadora física. Dessa forma, uma opção gratuita e com acompanhamento humano é a adesão a aulas online promovidas por centros esportivos e/ou universitários. Veja algumas opções:

 

 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 

Uma publicação compartilhada por PROGINC (UECE) (@proginc.uece) em

 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 

Uma publicação compartilhada por PROGINC (UECE) (@proginc.uece) em

 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Faculdade do Vale do Jaguaribe (@fvj_aracati) em

 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Ricardo Gonzalez (@espcol.iefes) em

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar