Logo O POVO+

Jornalismo, cultura e histórias em um só multistreaming.

Participamos do

Dia de Combate ao Fumo: narguilé e cigarro eletrônico são desafios no combate ao tabagismo, afirma especialista

No Dia Nacional do Combate ao Fumo, é preciso aumentar a conscientização principalmente da população mais jovem

A disseminação dos malefícios do cigarro tem se tornado cada vez mais comum ao longo dos anos. Iniciativas como cartilhas elaboradas pelo Ministério da Saúde e ações educativas em geral incentivam e dão dicas àqueles que desejam parar de fumar. Esta quinta-feira, 29, é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo e o desafio não é mais apenas em relação ao cigarro convencional. Os chamados "narguilés", espécie de cachimbo de água de origem oriental, e os cigarros eletrônicos também apresentam riscos à saúde, de acordo com Penha Uchôa, pneumologista e coordenadora do Programa de Tabagismo do Hospital de Messejana.

Um estudo desenvolvido pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), aponta que durante uma sessão típica de uso de narguilé o usuário tragará doses de substâncias tóxicas, variando desde o equivalente a menos de um cigarro até dezenas. Essas substâncias, se absorvidas em quantidades significativas, podem acarretar em dependência química, além da incidência de câncer e doenças cardíacas e pulmonares.

Em entrevista à Rádio O POVO CBN, Penha Uchôa alertou que o uso desses produtos pode ser uma porta de entrada para outros tipos de consumo de nicotina, inclusive do cigarro tradicional. "Eles vem em uma caixa elegante, carregados de aromatizantes e flavorizantes para aumentar a palatividade e incentivar os jovens a consumir. É preciso ter cuidado com a conscientização, principalmente da população adolescente", aconselhou.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O interesse por narguilé, particularmente, tem crescido em relação a cigarros eletrônicos. De acordo com dados da plataforma Trends do Google, que quantifica o número de pesquisas feitas pelos usuários do buscador, o número de pesquisas no Brasil em relação ao termo "narguilé" cresceu significativamente, principalmente a partir de 2017. Em uma escala de 0 a 100, o número de buscas subiu de 27, em janeiro de 2017, para 94, em agosto deste ano. No mesmo período, "cigarros eletrônicos" não ultrapassou dois na mesma escala.

A especialista ainda ponderou que surgem novos riscos com o uso desses produtos. Uma sessão de narguilé, por exemplo, gera risco de inalação de metais pesados, como o arsênico, cromo e chumbo; além de maior emissão de monóxido de carbono, decorrente da queima do carvão. O compartilhamento, também comum no uso, pode causar herpes, hepatite C e tuberculose.

Fumantes que desejam deixar a prática podem se inscrever para o Programa de Controle do Tabagismo do Hospital de Messejana, a unidade é referência nesse tipo de tratamento há 20 anos e já atendeu cerca de três mil pacientes, sendo o primeiro tratamento público com distribuição gratuita de medicação para aliviar os sintomas da abstinência. Os pacientes são atendidos por uma equipe de profissionais especializados com médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.

Serviço

O que: Programa de Controle do Tabagismo

Onde: Hospital de Messejana - Av. Frei Cirilo, 3480 - Messejana, Fortaleza - CE, 60846-190

Informações: (85) 3101.4662

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar