Prefeito de São João de Jaguaribe minimiza falta de opositores: "Fui candidato por aclamação"
Raimundo César foi eleito em 2024 como candidato único na cidade, que tem histórico de insegurança e chegou a ser conhecida como a cidade mais violenta do País.
O prefeito reeleito de São João do Jaguaribe, Raimundo Cesar (PSD), disse que foi eleito neste ano por “aclamação” popular e minimizou a falta de chapa de oposição na cidade. Raimundo elegeu-se em 2024 como candidato único na cidade, que tem histórico de insegurança e chegou a ser conhecida como a cidade mais violenta do País.
Apesar disso, ele descarta o fato de candidatura única ter correlação com a questão. “Fui candidato por aclamação popular e não por oprimir ninguém. 4.528 pessoas votaram em mim por aclamação, pelo trabalho que foi feito, investindo no esporte, na cultura e na educação. Tentei combater a questão da violência com essas ações”, destacou.
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Em matéria veiculada pelo O POVO nas redes sociais, comentários comparavam o prefeito a figura de “coronel” ou “Nicolás Maduro”. O gestor rechaçou a ligação: “Não sou coronel, sou muito democrático. A gente vive um momento de muita transformação e estou atacando os problemas do nosso município mudando o social, as pessoas. Me compararam com um ditador. Porque dá a entender que ninguém poderia concorrer contra mim e não é isso”, justificou.
Embora reconheça as questões de insegurança que o município já enfrentou, o gestor reforçou que é papel do Estado tratar do tema e que houve ação estadual neste sentido. “A cidade passou, sim, por questões de insegurança em 2019 e 2021, mas eu tinha acabado de chegar ao mandato. E depois que São João foi vista dessa forma o governo do Estado tomou providências, até porque a segurança é dever do estado, não do município”.
Já na Câmara Municipal, foram apenas dez candidatos a vereador, para as nove vagas disponíveis. Sendo assim, um ficou na suplência e os demais concorrentes conseguiram uma cadeira. Todos os postulantes também são do PSD, mesmo partido do prefeito.
Sobre a questão do Legislativo, o prefeito disse ser "muito atípico", mas explicou que vereadores de oposição aderiram a base após sua gestão. "Por aclamação e por gostarem da gestão, vereadores de oposição vieram para o grupo e aderiram a gente".
O prefeito disse ainda que colocou a sua chapa na disputa com o número máximo de candidatos previstos e projetou uma boa relação com o Legislativo. "Obviamente só pude botar 10 nomes, elegeu-se nove e um ficou na suplência. A gente torce para que ocorra tudo bem nesses anos e não precise de tomar uma providência por meio da Justiça Eleitoral, que teria que realizar outra eleição ou algo assim", projetou no caso de que o número de suplentes seja insuficiente caso vereadores deixem seus cargos.