Quaest: Lula lidera, mas vê distância para adversários diminuir e tem empate técnico com Bolsonaro
Único cenário em que há empate técnico é contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por 42% a 39%, ante 46% a 36% em outubro; entretanto Bolsonaro está inelegível
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 13, indica que, embora a distância entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus principais adversários tenha diminuído, o presidente segue numericamente à frente em todos os cenários de segundo turno testados para 2026.
Único cenário em que há empate técnico é contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por 42% a 39% (ante 46% a 36% em outubro), movimento que reflete o estreitamento observado também nas disputas contra outros potenciais concorrentes. Contudo, Bolsonaro está inelegível e não poderá concorrer em 2026.
Na disputa contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por exemplo, distância recuou de 12 para 5 pontos percentuais.
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O levantamento foi feito entre 6 e 9 de novembro, em entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. No total, foram ouvidas 2.004 pessoas. A margem de erro estimada é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%. É a primeira pesquisa desde a megaoperação no Rio de Janeiro que gerou um forte debate sobre segurança pública.
Além do cenário com Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, Lula também aparece cinco pontos porcentuais à frente nos confrontos diretos com o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PSDB); com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); e com o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
Cenários
Nesse sentido, o presidente mantém vantagem numérica, embora menor:
- 38% (41% em outubro) a 33% (eram 32%) contra Ciro;
- 41% (antes 45%) a 36% (33%) diante de Tarcísio;
- 40% (44% anteriormente) a 35% (31%) frente a Ratinho Jr.
Contra o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Lula marca 43%, enquanto o mineiro ganha fôlego, sobe quatro pontos e chega a 36%.
No confronto com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o placar é de 42% a 35%. Já diante da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o petista aparece com 44% a 35%.
Nos cenários envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), Lula mantém vantagem mais confortável: 43% a 33% e 41% a 28%, respectivamente. Em hipótese que testa o influenciador e líder do partido Missão, Renan Santos, o presidente registra 42%, ante 25% do adversário.
1° turno
No primeiro turno, Lula também lidera todos os cenários testados.
- Lula: 32%
- Bolsonaro: 27%
- Ciro Gomes: 8%
- Ratinho Jr: 7%
Em outra configuração, Lula marca 31%, ante 18% de Michelle Bolsonaro, 10% de Ratinho Jr. e 9% de Ciro.
A vantagem se mantém quando outros nomes são incluídos: Lula tem 35% frente a 16% de Tarcísio, 12% de Ciro e 5% de Zema;
E Lula registra 32% contra 15% de Eduardo Bolsonaro, 10% de Ratinho Jr. e 10% de Ciro.
Em um cenário que reúne Lula, Tarcísio e Eduardo, o petista figura 38%, seguido por 20% do governador e 18% do parlamentar.
Enquanto o chefe do Executivo paulista é o favorito do Centrão para a disputa ao Planalto, Eduardo tem dito que pode concorrer em 2026 mesmo que seja "para perder".
Em outros cenários testados pela pesquisa, Lula registra: 36% diante de 22% do filho "03" de Bolsonaro e 18% de Ratinho Jr.; 38% contra 24% do parlamentar e 12% de Zema; 39% ante 24% de Eduardo e 11% de Caiado; e 39% frente a 27% de Eduardo e 6% de Renan Santos. Há ainda um cenário que reúne Tarcísio (21%) e Caiado (7%), no qual o presidente mantém 39%.
O levantamento indica que o debate sobre segurança pública no País e interrompeu a recuperação da popularidade de Lula, ou seja, a megaoperação policial no Rio de Janeiro e a fala do petista sobre traficantes e usuários de droga em Jacarta, na Indonésia.
A desaprovação ao governo passou de 49% para 50%, enquanto a aprovação recuou de 48% para 47%, na primeira oscilação negativa nas avaliações desde maio. O resultado reflete a ligeira queda do presidente na pesquisa eleitoral.
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