Após exonerações do Governo, Centrão entra na disputa pela vaga no TCU
Partidos do bloco têm demonstrado interesse na posição, que deverá ser aberta em 2026 com a aposentadoria do ministro Aroldo Cedraz; PT também tenta a vaga
10:42 | Out. 20, 2025
Em meio às recentes exonerações de cargos ocupados por indicações de nomes do Centrão promovidas pelo Governo Federal, o bloco estaria se movimentando para disputar uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), que será aberta em fevereiro de 2026 com a aposentadoria do atual ministro Aroldo Cedraz.
De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, a vaga ocupada por Cedraz veio por indicação da Câmara e teria sido prometida ao PT pelo deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) em troca do apoio do partido à sua candidatura para presidente da Câmara.
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Porém, com os cortes de cargos realizados pelo governo, lideranças do Centrão teriam afirmado que partidos como União Brasil, PSD e PP também têm interesse na vaga.
Os cortes registrados nos últimos dias ocorreram após derrotas do Governo Lula no Congresso e da falta de apoio por parte de legendas do Centrão. A mais recente foi a retirada de pauta da Medida Provisória 1303/2025, que reuniu 251 votos a favor e 193 contrários pela derrubada da medida na Câmara dos Deputados.
Em entrevista ao podcast As Cunhãs, o deputado federal José Guimarães (PT), líder do partido na Câmara, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), “agilize e mexa no vespeiro da Caixa Econômica Federal”.
Entre os interessados na posição do TCU estão os deputados federais Elmar Nascimento (União-BA), Hugo Leal (PSD-RJ), Pedro Paulo (PSD-RJ) e o cearense Danilo Forte (União). Em 2024, Forte foi relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Vaga
A vaga do ministro Aroldo Cedraz deverá ser aberta em fevereiro do ano que vem, quando completará 75 de anos idade e deverá se aposentar compulsoriamente. Cedraz foi deputado federal pela Bahia e, em 2007, deixou o cargo para assumir como ministro do Tribunal de Contas da União. Ele também foi presidente do TCU entre 2015 e 2016.
Ao todo, o órgão tem nove ministros: três escolhidos pela Câmara, três pelo Senado e três indicados pelo presidente da República. Porém desses três, dois devem ser escolhidos entre auditores e membros do Ministério Público junto ao TCU.