Moraes pede mais um dia para julgar Bolsonaro: 11 de setembro
Julgamento está previsto para terminar na próxima sexta-feira, 12 de setembro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou mais um dia para o julgamento da ação penal 2668, do núcleo crucial da tentativa de golpe de estado, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus.
Moraes pediu que o presidente da Primeira Turma do STF, o ministro Cristiano Zanin, inclua a quinta-feira, 11 de setembro, como data para a realização de novas sessões do julgamento.
Após os dois primeiros dias de julgamento nesta semana, estão agendadas novas sessões para a a próxima terça-feira, 9 (manhã e tarde), e para a quarta-feira, 10 (manhã), e para a sexta-feira, 12 (manhã e tarde), quando está prevista a finalização do julgamento, com a definição de possíveis penas.
Previsão de datas para realização de sessão no STF:
- 9/9, terça-feira (9h-19h)
- 10/9, quarta-feira (9h-12h)
- 12/9, sexta-feira (9h-19h)
Realizadas as sustentações orais das defesas de todos os oito acusados, com o retorno das atividades, na terça, começarão os votos dos ministros.
A ordem de votação é: Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. Pode haver mais de uma rodada de votos dos ministros — que devem, primeiro, decidir sobre se condenam ou não cada um dos réus, e depois, discutir acerca da dosimetria das penas.
O caso e as datas do julgamento de Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denuncia que os oito réus formaram o chamado “núcleo crucial” da conspiração golpista. O julgamento está ocorre entre 2 e 12 de setembro, na 1ª Turma do STF.
Segundo a acusação, o grupo agiu para fragilizar a confiança nas urnas eletrônicas e criar condições para anular a eleição presidencial.
Os réus do 1º núcleo respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
São eles:
- Alexandre Ramagem;
- Almir Garnier;
- Anderson Torres;
- Augusto Heleno;
- Jair Bolsonaro;
- Mauro Cid;
- Paulo Sérgio Nogueira;
- Walter Braga Netto
Encerrada na quarta-feira, 3, a etapa de sustentação oral das defesas dos oitos réus que integram o núcleo crucial do processo que apura a tentativa de golpe de Estado teve diversos pontos abordados.
Os advogados de defesa negaram o envolvimento dos acusados na trama golpista, rebateram as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e questionaram a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
Com informações de João Paulo Biage, correspondente O POVO em Brasília