Filhos de Bolsonaro criticam apoio de aliados a Tarcísio

Filhos de Bolsonaro criticam aliados por apoiarem Tarcísio à Presidência

Carlos e Eduardo Bolsonaro reforçam críticas a gestos do Centrão em apoio ao governador de São Paulo; a menos de uma semana do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usaram as redes sociais para criticar aliados do Centrão após insinuarem apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como possível candidato na corrida presidencial em 2026.

Eduardo escreveu que “Não há ganho estratégico em fazer o anúncio agora” e que a situação é “injusta” com seu pai, devido à proximidade do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) após as acusações de tentativa de golpe de Estado.

Eduardo publicou, na noite da última terça-feira, 26, no Instagram, que em meio à aproximação do julgamento do pai no STF, mais pessoas estariam considerando “substituí-lo na corrida presidencial”.

Ele também acrescenta que o julgamento é “uma faca no pescoço de Bolsonaro” e que é “o meio de pressão eficaz” para forçar o ex-presidente a tomar uma decisão "da qual não possa mais voltar atrás".

A indicação de eventual candidatura no partido só deve acontecer no futuro, sobretudo após a conclusão de questões judiciais envolvendo Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após decisão da Justiça Eleitoral e deve ser julgado pelo STF entre os dias 2 e 12 de setembro.

Carlos também se pronunciou e alegou que o STF estaria preparando “o maior teatro já visto da história do Brasil”. Sem apresentar provas, completou: “É uma completa falta de humanidade diante do que está ocorrendo com quem possibilitou alcançar voos”, se referindo ao pai. O vereador também republicou o comentário do irmão Eduardo, no Instagram.

Apoio a Tarcísio

Em Brasília, especula-se que líderes de partidos do Centrão como o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, e Antônio Rueda, presidente do União Brasil, veem com bons olhos eventual indicação de Tarcísio ao Planalto. Ambos lideram a recém-criada federação União Progressista, nova força política para a disputa eleitoral de 2026.

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse que a decisão dependerá de Bolsonaro e afirmou que Tarcísio disse, em jantar com os governadores (ocorrido em 19 de agosto), que se for candidato, deve se filiar ao PL. “Mas hoje, ele é candidato a governador (reeleição)”, explicou Valdemar em entrevista coletiva durante evento com empresários, em São Paulo.

Ainda na terça-feira, Eduardo questionou: “Para que a pressa?” e defendeu que não se submete a chantagens. “Qualquer decisão política será tomada por nós. Não adianta vir com o papo de 'única salvação', porque não iremos nos submeter”, afirmou nas redes sociais.

Apesar das insinuações de apoio de partidos do Centrão e da direita, Tarcísio ainda não se pronunciou publicamente sobre eventual candidatura à Presidência ou mesmo sobre mudança de partido.

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