Ciro Gomes defende união de forças do Centrão com a federação União-PP

O ex-governador do Ceará participou da solenidade que oficializou a federação entre o União Brasil e o PP

15:46 | Ago. 20, 2025

Por: Wilnan Custódio
Ciro Gomes faz oposição ao PT e falou sobre a federação entre União Brasil e PP. (foto: Yuri Allen/Especial para O Povo)

Participando em Brasília do evento que oficializou a federação entre União Brasil e Progressistas na terça-feira, 19, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), defendeu o casamento político das siglas, criticou a polarização e disse que as siglas aglutinam o “que o brasileiro pode oferecer, da centro-esquerda à centro-direita, para tirarmos o Brasil desse desastre”.

Mais cedo, Ciro Gomes já havia almoçado com a cúpula do União Brasil e nomes cearenses da legenda, entre eles o deputado federal Danilo Forte (União) e o ex-deputado Capitão Wagner (União). Apesar de criticar a polarização política, Ciro evitou falar diretamente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O evento contou com a presença do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), e dos presidentes das legendas Ciro Nogueira (PP), e Antônio Rueda (União).

“É preciso perfeitamente que ao redor desse ato histórico, é fundamentalmente um apelo, façam desse gesto dessa iniciativa um ato de gravitação universal”, disse Ciro ao exaltar os dirigentes partidários.

Durante a sua fala, Ciro Nogueira elogiou Ciro Gomes, e destacou que ele será uma peça fundamental para derrotar o PT no Nordeste. “Vocês não têm ideia da minha alegria de ver todos esses grandes líderes. Ver de volta ao nosso lado Ciro Gomes. Eu que já votei em você para presidente, meu xará, você vai ser muito importante, comigo e outros líderes do Nordeste, para nós enfrentarmos a mentira do PT no Nordeste brasileiro, que só nos trouxe atraso”, disse o dirigente.

Desde o segundo turno das eleições municipais de 2024, Gomes aprofundou ainda mais o embate com o PT e se aproximou de grupos mais à direita e de bolsonaristas. O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, deixou o PDT para se filiar ao União, com a benção de Ciro.

Enquanto isso, o ex-ministro, ensaia seu desembarque da sigla brizolista, para voltar ao ninho tucano após quase 30 anos. Ao longo de sua carreira política, Ciro foi filiado a sete legendas.

O “novo” partido

Com as duas legendas juntas em um único bloco, a federação será o maior bloco no Congresso Nacional, somando 109 deputados e 15 senadores, com a filiação de Margareth Buzetti (PSD-MT) ao PP. Além dos números expressivos no Parlamento, a federação também será a maior força nos municípios, somando mais de 1,3 mil prefeituras em todo país. Juntas as legendas terão acesso a R$ 197,6 milhões de fundo partidário.