Guimarães defende cassação de Eduardo Bolsonaro pelo Conselho de Ética da Câmara
Líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, o cearense José Guimarães (PT-CE) afirmou que o filho do ex-presidente ultrapassou os limites das atribuições e passou a conspirar contra o país
11:52 | Ago. 04, 2025
O deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados, utilizou as redes sociais para pedir a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e afirmar que o bolsonarista conspira contra os interesses do Brasil enquanto está nos Estados Unidos.
No domingo, 3, Guimarães declarou no X (antigo no Twitter) que a cassação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser enviada com urgência ao Conselho de Ética da Câmara. Segundo o petista, o caso de conspiração passou dos limites.
"A cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro precisa ser encaminhada com urgência ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O parlamentar ultrapassou todos os limites das atribuições delegadas a um membro do Poder Legislativo. Conspirar com o governo dos Estados Unidos contra o Brasil é crime gravíssimo, que deve ser tratado com o devido rigor pela Mesa Diretora da Câmara. Esse caso foi longe demais. Cassação já!", escreveu Guimarães.
Leia mais
A cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro precisa ser encaminhada com urgência ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O parlamentar ultrapassou todos os limites das atribuições delegadas a um membro do Poder Legislativo. Conspirar com o governo dos Estados Unidos…
— José Guimarães (@guimaraes13PT) August 3, 2025Outras lideranças políticas petistas, como o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara dos Deputados, também se posicionaram no intuito de pressionar a cassação do mandato de Eduardo no retorno das atividades legislativas nesta semana.
"A gente vai chegar nessa semana com pressão máxima para pedir a cassação de Eduardo Bolsonaro. O roteiro de antes era esperar ser cassado por falta, mas não podemos esperar que o mandato dele continue até o final do ano. Ele não pode continuar ameaçando a soberania nacional como deputado", afirmou.
Eduardo Bolsonaro comemora sanções ao Brasil
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro se licenciou em março do mandato para articular nos Estados Unidos represálias ao Brasil. O objetivo seria pressionar o País a anistiar acusados de tentativa de golpe de Estado, entre os quais o próprio pai. Trump anunciou que uma taxa de 50% sobre produtos importados do Brasil que entra em vigor nesta semana, e Eduardo admitiu ter discutido a medida.
Pouco depois do anúncio feito pelo governo Trump, Eduardo Bolsonaro disse que a responsabilidade está com o Congresso. "Chegou a hora do Congresso agir. A anistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia", publicou.