Novo indica General Theophilo pré-candidato a senador e ele saúda: 'Partido mais à direita do País'

Novo indica General Theophilo pré-candidato a senador e ele saúda: 'Partido mais à direita do País'

Partido espera que a direita esteja unida contra o PT nas próximas eleições e tenta emplacar candidatura para uma das vagas em disputa no Senado

Em evento realizado na manhã desta sexta-feira, 11, na sede do Sindipostos, o Partido Novo confirmou a indicação do general Guilherme Theophilo como pré-candidato ao Senado em 2026. A cerimônia contou com a presença de políticos, ex-militares, pastores e outros apoiadores do general.

O senador Eduardo Girão (Novo), que atualmente ocupa uma das vagas cearenses no Senado e se coloca como pré-candidato ao Governo do Estado em 2026, comandou o evento. Reforçando ser contrário à reeleição, Girão manifestou apoio ao colega. Além da dupla, participaram da coletiva o presidente estadual do Novo, Erick Paiva, o ex-desembargador do TJDFT e pré-candidato ao Senado em Brasília Sebastião Coelho e a ex-candidata ao Senado e agora pré-candidata a deputada estadual Mayra Pinheiro (PL).

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Discurso

Girão iniciou o discurso reiterando que não disputará a reeleição por uma questão de princípio, inclusive criticando o mandato no Senado ser de oito anos. "É um absurdo, um incentivo à acomodação. Já aprovei emenda pela redução do mandato de senador para 5 anos. A democracia precisa respirar", afirmou.

O senador teceu elogios ao correligionário, afirmando que o admira bastante desde a campanha de 2018, quando ele concorreu ao governo do Estado contra o então governador e candidato à reeleição Camilo Santana (PT). "O Senado precisa de pessoas como ele, íntegro, homem de bem, um homem de valores, que esteja disposto a lutar contra o estado paralelo em que vivemos no Ceará, com cidades inteiras tomadas pelo tráfico, fruto da omissão desse governo do PT", explicou.

O senador afirmou ter convidado o general para concorrer porque acredita que o Ceará está precisando de "um remédio na questão da segurança". Theophilo esteve no comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública, durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Para Girão, a direita precisa estar "unida para derrotar o PT em 2026", adiantando que tem conversado com partidos aliados - como PL e União Brasil - na busca da melhor formação de chapa. Sem citar nomes, pregou que a direita deve pensar bem nos nomes que lançará, analisando se são realmente pessoas de ideais conservadores.

Por fim, o senador salientou que ali não era ainda um evento de lançamento de pré-candidatura, mas apenas uma indicação. Prometeu que, quando for, fará algo bem maior e trará nomes de peso do partido.

Dra. Mayra

A médica Mayra Pinheiro, que é filiada ao Partido Liberal (PL), disse não estar ali representando a sigla, mas como "Mayra pessoa física". Ela disse ter conhecido e se aproximado muito do general na campanha de 2018, passando a admirá-lo.

Mayra disse ainda que nenhum deles depende da política para viver, mas faz política por vê-la como um "meio de transformação social", que exige "coragem e independência".

Ela admitiu que o PL provavelmente irá lançar um candidato ao Senado e que está muito feliz em ver o nome de Theophilo como pré-candidato, já que a direita tem que ter bom senso e não pode "lançar pessoas que já não deram certo".

Crítica a Alexandre de Moraes

O desembargador aposentado Sebastião Coelho disse que entrou na política há pouco tempo por não aceitar calado o que considera exageros do Judiciário.

"Não podemos aceitar que um criminoso como Alexandre de Moraes faça o que está fazendo. O STF é hoje fator de desestabilização do país por causa de uma pessoa. Se alguém quer sair candidato, temos que perguntar: 'O senhor está disposto a dar início a um processo de impeachment ao ministro Alexandre de Moraes?'. Se a resposta for não, ele não merece seu voto", afirmou.

O presidente estadual do Novo, Erick Paiva, lembrou que são duas vagas ao Senado em 2026. Ele acredita que o general é o nome ideal para compor uma das vagas da direita e que as conversas com demais integrantes desse campo político estão acontecendo.

Assim como os demais, defendeu união em torno de chapa única, sem divisão de votos como ocorreu nas eleições de 2024 e afirmou que todos os que se opõem ao governo petista serão bem-vindos, desde que não haja fisiologismo e nem trocas de favores.

Candidatura de continuidade

General Guilherme Theophilo disse que é uma dura missão a de dar continuidade ao trabalho de Eduardo Girão no Senado. "Um político íntegro, conservador, de direita, pela vida, contra as drogas e jogos de azar. Um homem de ideais. Temos que estar dispostos a lutar pelo valor da família, que é a base de tudo", explicou.

Theophilo lembrou que a família tem tradição militar e, por não aceitar calada as coisas erradas que presenciam, passa a não ser bem vistas por muitos, inclusive no ambiente do militarismo. "Não vamos cometer o mesmo erro, que a gente possa se unir (em 2026). O Novo é o partido mais à direita do país, que não aceita conchavos, não abre mão dos seus princípios", disparou.

Ele disse que a decisão de lançar candidatura não é definitiva, até porque há outras opções, como suplências e outros cargos, mas o Novo não abre mão de seus princípios e espera conseguir compor a chapa unida da direita em oposição ao governo petista.

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