Naumi aponta dívida de R$ 14 milhões no "Bora de Graça" e não descarta mudança no programa
Caso as ações para sanar dívidas do programa "Bora de graça" não obtenham resultado, Prefeitura de Caucaia pode estudar outras formas de garantia do transporte público
22:45 | Mar. 10, 2025
O prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), analisou a situação do programa "Bora de Graça", que garante tarifa zero nos ônibus do município, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Ele reitera as dívidas de R$ 14 milhões deixadas pela gestão anterior e não descarta investigar outros formatos de garantia do transporte público.
“Quando a gente tiver melhor, vamos poder aumentar, colocar as Topic que foi uma promessa de campanha minha para colocar as Topic para dar uma qualidade de vida melhor para o nosso povo poder economizar. Vamos ver se a gente consegue segurar e sustentar esse programa como está, se não a gente vai ver o programa que tem Maracanaú, por exemplo, que paga uma parte pela população e outra pela prefeitura”, ressaltou em participação ao Jogo Político nesta segunda-feira, 10.
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Desde 2022, o sistema de transporte público de Maracanaú utiliza o Passe Livre, que garante ônibus de graça para pessoas do Cadastro Único – estudantes e famílias de baixa renda que ganham até meio salário mínimo por pessoa ou até 3 salários mínimos de renda mensal total.
Naumi Amorim ainda critica a gestão anterior por criar o programa "sem critério". "Eu quero deixar bem claro que o 'Bora de graça' foi criado sem critério, sem fazer impacto financeiro", disse Naumi. E seguiu: "Então foi dado e não foi pago, teve uma dívida milionária de quase R$ 14 milhões que ficou da prefeitura para a empresa na gestão passada".
Em dezembro de 2024, a empresa Vitória, que gerencia os ônibus do programa, anunciou que voltaria a cobrar a passagem dos usuários do transporte de Caucaia por falta de pagamentos que deveriam ser realizados pela prefeitura para subsidiar o programa.
Após um acordo entre a Prefeitura e a empresa no início de 2025, foi possível reduzir o custo mensal do programa de R$ 3,8 milhões para R$ 2,8 milhões, o que representaria uma economia superior a R$ 1 milhão. O número de veículos também foi diminuído.