Vice teria envolvimento na morte de prefeito no RN; ele denunciou ter sido ameaçado por ela

Eleito em 2020, Marcelo pediu renúncia do cargo em 27 de julho de 2021, mas alegou à Justiça que sofria ameças da vice

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte avançou nas investigações do assassinato do prefeito de João Dias, município distante 365 quilômetros de Natal, Marcelo Oliveira, de 38 anos, e de seu pai, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos. Eles foram mortos em agosto deste ano, a 40 dias da eleição, e segundo as apurações, o caso teria participação da vice-prefeita, Damária Jácome, e da irmã dela, a vereadora Leidiane Jácome.

Damária, que chegou a assumir como prefeita, e a irmão são investigadas por envolvimento no caso. Conforme a polícia, elas permanecem foragidas. Ambas tiveram a prisão decretada pela Justiça, mas ainda não foram localizadas. As investigações seguem em andamento para localizar as foragidas.

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Na sexta-feira, 27, policiais civis da 76ª Delegacia de Polícia (DP) de Alexandria, com apoio da Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE) e do 4º Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ), deflagraram a “Operação Profanos”. A ação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário. Um homem de 27 anos, pastor de uma igreja evangélica da região, foi preso no município de João Dias, sendo apontado como um dos mandantes do crime.

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e seis de busca e apreensão nas cidades de João Dias, Patu e Marcelino Vieira. O suspeito preso foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, posteriormente, encaminhado ao sistema prisional, onde está à disposição da Justiça.

O crime ocorreu em 27 de agosto de 2024, em João Dias, quando Francisco Damião de Oliveira, conhecido como Marcelo Oliveira, então candidato à reeleição, e seu pai, Sandi Alves de Oliveira, foram assassinados a tiros enquanto realizavam compromissos de campanha.

Em 2022, após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP), a Justiça determinou o afastamento dela do cargo de vice-prefeita. O pai dela também foi alvo de sanções com afastamento do cargo de presidente da Câmara Municipal de João Dias.

Eles eram acusados de terem cometido extorsão contra Marcelo para que ele renunciasse ao cargo para que Damária assumisse. Além do afastamento, a Justiça também decretou as prisões preventivas dos políticos.

Eleito em 2020, Marcelo pediu renúncia do cargo em 27 de julho de 2021. Ele alegou à Justiça que a ação aconteceu por temer as ameaças feitas pela vice-prefeita e pelo presidente da Câmara. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte autorizou o retorno dele à chefia da gestão de João Dias. Em 2024, ele se candidatou e tentava reeleição, quando foi morto.

Ao portal g1, a defesa da prefeita e da irmã disse que "reafirma a inocência de ambas e a ausência de qualquer relação com esses crimes". "Sequer sabiam dessa operação ou de qualquer mandado de prisão contra elas. Como é comum nesse período, a família viajou", informou a nota.

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