Mulher passa por cesariana sem estar grávida, no Rio Grande do Norte

Durante todo o tratamento na unidade, a paciente não passou por nenhum exame antes de realizar a cesariana

O caso de uma mulher que foi submetida a uma cirurgia cesariana sem estar grávida vai ser investigado pela Secretaria de Saúde Pública (SPS) do Rio Grande do Norte. A situação aconteceu no dia 18 de abril no Hospital Santa Catarina, localizado na cidade de Natal. As informações são do portal G1 - RN.

Segundo a equipe médica do hospital, ela tinha indicação para fazer a operação, por conta da suposta gestação. A paciente apresentou cartão de pré-natal preenchido e laudos de ultrassonografia. Durante todo o tratamento na unidade, ela não passou por nenhum exame antes de realizar a cesariana. A mulher foi encaminhada à unidade pelo município de Guamaré.

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Ela, então, foi submetida ao procedimento. Os médicos, no entanto, não encontraram nenhum bebê. Depois da situação, a equipe teve acesso a um exame mais recente, que estava com a família da vítima, que indicava que a mulher não estava grávida.

Em nota, a Secretaria Municipal de Guamaré afirma que encaminhou a paciente para o hospital para realizar uma ‘avaliação’. Eles ressaltam que, durante as consultas de pré-natal, não foi observado evolução da altura uterina, ausculta de batimentos fetais e não houve ganho de peso, após meses da ‘suposta gestação’.

"Todas essas informações estão registradas em prontuário eletrônico e os encaminhamentos e solicitações das ultrassonografias também foram registrados, desde o início, no cartão da gestante", diz o documento.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, responsável pela unidade, ressalta que, conforme o padrão de atendimento, toda paciente que chega à instituição é atendida pela equipe do pronto-socorro, que faz avaliação e encaminha para o centro obstétrico.

"É super importante as pacientes serem examinadas antes de sofrerem um procedimento cirúrgico, principalmente procedimento de cesárea. É indispensável que se faça uma ausculta fetal para ver se está tudo bem com a criança e iniciar o procedimento", destaca a perita Rosana Rebelo, que presta serviço à Justiça do Rio Grande do Norte, ao G1.

"Nesse caso, talvez ela estivesse com uma gravidez psicológica, ou teve uma gravidez, perdeu e não sabia que perdeu, e continuou achando que estava grávida, e aí foi encaminhada, continuou o pré-natal. Mas o ideal é de que ela fosse examinada", adiciona.

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