Ex-deputado Cabo Sabino é condenado por liderar motim das PMs em 2020

Ex-deputado federal, Sabino liderou grupo de amotinados que se concentraram no 18º Batalhão de Polícia Militar

O ex-deputado Cabo Sabino foi condenado a 9 anos e quatro meses de prisão, por liderança de motim no 18º Batalhão de Polícia Militar, no bairro Antônio Bezerra, em fevereiro de 2020. Condenação se deu pelo Conselho Permanente de Justiça Militar, nesta terça-feira, 7.

Os nove meses são um somatório de diversas penas, para cada crime atribuído ao ex-PM. A divisão consiste em: 5 anos e 4 meses de reclusão pelo motim; 2 anos de reclusão por aliciação para motim e revolta; além de mais 2 anos de reclusão para incitamento.

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Além da reclusão, foi decretada perda da graduação de praça, com suspensão dos direitos políticos do acusado e pagamento das custas processuais, enquanto a condecação estiver em vigor. Ele poderá recorrer em liberdade.

O motim durou 13 dias, do final de fevereiro a 1º de março de 2020, quando PMs votaram pela aceitação de uma proposta do governo e o fim do motim.

Sabino liderou grupo de amotinados que se concentraram no 18º Batalhão de Polícia Militar, no bairro Antônio Bezerra. Com a proposta final, ele manifestou contra a decisão da maioria do acordo, que não previa anistia.

O termo motim se refere a militares "agindo contra a ordem recebida de superior ou negando-se a cumpri-la", "assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra superior" ou "ocupando quartel". As características foram identificadas no caso de 2020.

Logo após, no mesmo ano, Sabino chegou a disputar uma vaga na Câmara Municipal de Fortaleza, mas obteve apenas 2.589 votos e não foi eleito.

Em outubro do ano seguinte, em 2021, o Cabo anunciou ter sido expulso dos quadros da Polícia Militar do Ceará. Segundo ele, a decisão foi tomada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública (CGD). A decisão foi encaminhada em dezembro, pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).

O motim dos PMs resultou em um aumento significativo da violência no Ceará naquele ano, com 312 homicídios em 13 dias, uma média de 26 por dia, quanto antes não passavam de oito.

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