Ex-comandante do Exército responde todas as perguntas da PF sobre tentativa de golpe

General teria participado das reuniões da minuta do golpe e foi ouvido na condição de testemunha por mais de sete horas

O ex-comandante do Exército brasileiro, General Freire Gomes, respondeu todas as perguntas feitas a ele durante depoimento realizado nesta sexta-feira, 1°, na sede da Polícia Federal, em Brasília.

Responsável pela instituição no ano de 2022, Freire Gomes é citado na investigação que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro do ano passado.

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Segundo informações veiculadas pelo portal G1, o general foi interrogado por mais de sete horas e disse tudo o que sabia sobre o caso. Antes de depor, Freire Gomes foi informado de que seria ouvido como testemunha e que por isso teria a obrigação de falar a verdade.

Participação do general

As informações repassadas pelo depoente passam a fazer parte da operação Tempus Veritatis e serão mantidas sob sigilo. A investigação apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros de seu governo participaram da organização do golpe.

Freire Gomes é parte importante do caso, já que para os investigadores, ele foi um dos responsáveis por evitar o uso de tropas do Exército nos atos golpistas. Entretanto, a PF ainda busca descobrir porque o general não denunciou as tramas para impedir a posse de Lula.

A PF também apura se partiu de Freire Gomes a ordem para interromper o desmonte de acampamentos golpistas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.

Menções e confronto de versões

O depoimento cedido nesta sexta-feira será avaliado juntamente ao do general Estevam Theophilo, que afirmou não ter poder para direcionar ordens aos soldados, apenas coordená-los a partir de recomendação superior.

Freire Gomes chegou a ser citado na delação do ex ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que confirmou a presença do general nas conversas sobre a minuta do golpe.

Segundo Cid, ele se negou a participar dos atos golpistas, o que teria irritado apoiadores de Bolsonaro, como o ex-candidato à vice-presidência na chapa do PL, general Braga Netto.

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