llha de Marajó: deputados pressionam Lira por CPI contra exploração sexual de menores

Comissão, proposta pelo deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), visa investigar as denúncias de exploração sexual infantil na região paraense. Paulo Bilynskyj e Eduardo Bolsonaro coletam assinaturas

Após a repercussão de denúncias de exploração sexual de menores na Ilha de Marajó, no Pará, deputados evangélicos pressionam o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) para a abertura de uma CPI sobre o caso. A Comissão foi proposta por Fernando Rodolfo (PL-PE) e aguarda deliberação.

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Segundo o deputado, há uma garantia de abertura da investigação por parte de Lira. “Temos o compromisso do presidente Arthur Lira de que a CPI será instaurada brevemente. Estamos só aguardando”, defendeu Fernando Rodolfo ao O Estado de S.Paulo. Segundo o jornal, no entanto, essa certeza não foi confirmada pela equipe do próprio presidente da Casa Legislativa.

Para Fernando, o Legislativo precisa investigar a situação urgentemente. “São muitas as denúncias de exploração sexual de crianças e de adolescentes. Não é só lá, obviamente, mas é um ponto de partida para tentarmos mudar essa triste realidade que existe no Brasil todo, e parece que muita gente prefere ignorar a combater”, disse o parlamentar.

Além de Fernando Rodolfo, os deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) coletam assinaturas para uma outra Comissão de Inquérito. Até o dia 26 de fevereiro, faltavam 78 nomes para o pedido de abertura da investigação.

Em 2010, o tema foi investigado por uma CPI do Senado Federal, presidida pelo senador Magno Malta (PR-ES). A "CPI da Pedofilia" apurou denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes feitas desde 2006 pelo bispo de Marajó, dom Luiz Azcona. Também foram investigados casos de exploração sexual em embarcações no Amazonas.

Denúncias de casos de exploração sexual infantil no Marajó

As denúncias geraram repercussão após a cantora paraense Aymeê Rocha, ter performado, em um reality show de música gospel, uma canção autoral que trata de exploração sexual de crianças na Ilha. Apresentação ocorreu em 15 de fevereiro.

Vídeos e imagens foram disseminados nas redes sociais sobre pauta, que ganhou o engajamento especialmente do público evangélico. Famosos como o cantor Zezé Di Camargo e o produtor musical Felipe Duram também se pronunciaram, pedindo ações sobre o caso.

Sobre a situação, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) publicou uma nota na última quinta-feira, 22. No texto, a pasta afirma que, em 2023, instituiu o Programa Cidadania Marajó, com o objetivo de “garantir os direitos fundamentais e combater a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes”.

Além disso, enfatizou que a situação não autoriza a “sua utilização de forma irresponsável e descontextualizada”, se referindo a montagens e fake news já desmentidas sobre o caso, que circulam em quantidade nas redes sociais.

“Reforçamos o compromisso em não associar imagens de vulnerabilidade socioeconômica ou do próprio modo de vida das populações do Marajó, em especial crianças e adolescentes, ao contexto de exploração sexual. A realidade de exploração sexual na região sabe-se preocupante e histórica, mas não autoriza sua utilização de forma irresponsável e descontextualizada. Isso apenas serve ao estigma das populações e ao agravamento de riscos sociais.”

 

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