Bolsonaro e filhos deixam de barco a casa alvo de operação da PF em Angra

O objetivo das buscas e apreensões efetuadas no contexto da operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira, 25, é avançar sobre o núcleo político da engrenagem criminosa para descobrir os possíveis destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Abin

[ATUALIZAÇÃO: Ao contrário do que foi informado anteriormente, a Polícia Federal não apreendeu um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin ) na casa do vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Na verdade, a apreensão se deu na residênciade um militar, ex-assessor de Alexandre Ramagem, também alvo da operação: Giancarlo Gomes Rodrigues. A informação da jornalista Daniela Lima, do portal g1, foi corrigida por ela].

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os filhos políticos deixaram de barco a casa que estavam, em Angra dos Reis (RJ), um dos locais em que a Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira, 29. A família Bolsonaro realizou live na residência nesse domingo, 28. A informação é da jornalista Daniela Lima, no portal de notícias G1.

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A família havia saído para pescar e ainda não havia retornado no momento em que a Polícia Federal bateu à porta da residência, conforme emissários do ex-presidente disseram à Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo. Pelo Twitter, o advogado Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, afirmou que ele teria saído para pescar às 5 horas da manhã. Ele negou que um computador da Abin tenha sido encontrado com Carlos Bolsonaro ou endereços ligados a ele.

A Polícia Federal apreendeu computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na residência de um militar, ex-assessor de Alexandre Ramagem, também alvo da operação: Giancarlo Gomes Rodrigues. A informação corrigida é da jornalista Daniela Lima, do portal g1. A PF cumpre na manhã desta segunda-feira, 29, mandados de busca e apreensão para avanço na investigação sobre a Abin Paralela no governo Jair Bolsonaro.

O objetivo das buscas e apreensões efetuadas no contexto da operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira, 25, é avançar sobre o núcleo político da engrenagem criminosa para descobrir os possíveis destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Abin. Relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes autorizou os mandados.

A PF trabalha com a hipótese de que Bolsonaro teria transformado a Abin em braço de coleta de informações ilegais e também como fonte de informações que, quando obtidas, eram utilizadas de modo distorcido por perfis de ultradireita para publicações contra autoridades e instituições.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que foram realizados nove mandados de busca e apreensão, sendo um em Angra dos Reis (RJ); cinco no Rio de Janeiro; um em Brasília; um em Formosa (GO); e um em Salvador (BA). A nova fase da operação mira o núcleo político da estrutura paralela que teria sido montada no governo Bolsonaro na agência.

Confira a nota da Polícia Federal na íntegra:

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta segunda-feira (29/1), novos mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira. O objetivo é investigar organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis/RJ, (1) Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), Formosa/GO 1) e Salvador/BA (1).Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas.

Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público.Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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