Camilo sai em defesa de padre Júlio, alvo de CPI: "Admiração e incondicional apoio"

Além do ministro da Educação, políticos alinhados à esquerda também apoiaram o sacerdote

16:32 | Jan. 04, 2024

Por: Thays Maria Salles
Camilo Santana (PT), ministro da Educação, foi supostamente monitorado pela Abin. Um drone da Agência foi avistado próximo ao Palácio da Abolição, em 2021 (foto: FÁBIO LIMA)

O Ministro da Educação, Camilo Santana (PT), declarou apoio ao padre Júlio Lancellotti investigado em Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo. A declaração foi dada nesta quinta-feira, 4, em publicação nas redes sociais.

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"O padre Júlio Lancellotti é uma referência no cuidado aos pobres e marginalizados da cidade de São Paulo. A causa que move toda a sua vida é o mais puro ensinamento de Jesus. A ele, nossas orações, admiração e incondicional apoio", afirmou o ex-governador do Ceará.

O texto foi acompanhado de uma imagem que circula na internet com os dizeres: "Protejam o padre Júlio Lancellotti". Além de Camilo, a criação da intitulada CPI das ONGs foi criticada por parlamentares ligados à esquerda, como o líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT); a deputada federal Erika Hilton (PSol) e o deputado estadual Renato Roseno (PSol).

De autoria do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), a comissão pretende apurar a conduta do sacerdote na cracolândia e a relação dele com duas entidades que realizam trabalho comunitário para a população de rua e os dependentes químicos da região da Cracolândia. São elas: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e no coletivo Craco Resiste.

Padre Júlio, por sua vez, se pronunciou sobre o caso afirmando que “é um direito” dos políticos instalarem CPI para averiguar a relação dele com as entidades na região central paulista.

“A CPI é um instrumento legítimo, institucional, para investigar, principalmente, políticas públicas. É um direito que eles (vereadores de São Paulo) têm”, afirmou o religioso em resposta à Veja.