Caso Choquei: Luizianne cobra Lei das Fake News após morte de jovem

"O Brasil assiste perplexo a gravidade da falta regulação mínima na Internet", disse a deputada, que se disse "profundamente comovida e indignada" com o caso

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a deputada federal Luizianne Lins (PT) foi às redes sociais nesta segunda-feira, 25, externar indignação com o caso da estudante mineira Jéssica Canedo, morta na última semana após ser alvo de fake news e de uma campanha de ataques nas redes sociais.

A deputada destaca a importância da responsabilização da morte da estudante, defendendo aprovação “urgente” do projeto de lei 2.630/2020, conhecido como Lei das Fake News. "Ainda profundamente comovida e indignada com a morte da jovem Jéssica, que teve conversas falsas vazadas por um perfil de milhões de seguidores”, diz Luizianne.

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Em tramitação desde junho de 2020, a Lei das Fake News tenta ampliar a responsabilização de plataformas de redes sociais e seus usuários sobre a disseminação de informações falsas pela Internet. Aprovada no Senado, a matéria ainda aguarda votação na Câmara dos Deputados.

O projeto enfrenta resistência sobretudo entre parlamentares bolsonaristas, que criticam possível uso da lei para “censurar” páginas de direita. Depois do caso envolvendo a jovem Jéssica Canedo, no entanto, as redes sociais foram tomadas por uma nova leva de pressão pela aprovação da medida, especialmente entre parlamentares de esquerda e centro-esquerda.

“O Brasil assiste perplexo a gravidade da falta regulação mínima na Internet. É preciso que haja responsabilização pela morte da jovem vítima de fake news, que teve vida, sonhos e projetos interrompidos. Aprovar o #PL2630 é urgente para proteger a vida e a liberdade das pessoas. Nossa solidariedade aos familiares”, diz Luizianne Lins.

"Com apoio e pressão das big techs que lucram com discursos de ódio e fake news, parlamentares bolsonaristas impediram que o projeto de lei 2630, que prevê a regulação das redes sociais, avançasse no Congresso este ano. Agora, temos o exemplo mais trágico desta desregulação: uma jovem de 22 anos tirou a própria vida após ser alvo de mentiras maldosas, repercutidas ampla e irresponsavelmente nas redes. Isto não pode mais continuar", afirmou também Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Entenda o caso

Natural de Araguari, no Triângulo Mineiro, Jéssica Canedo teve a morte comunicada pela família na última sexta-feira, 22. Diantes antes de morrer, a jovem publicou mensagem no Instagram revelando que estava sofrendo uma série de ataques nas redes sociais.

A onda teria começado após páginas de fofocas de celebridades nas redes sociais – como a Choquei, com mais de 21 milhões de seguidores – divulgarem imagens falsas que indicariam um relacionamento entre ela e o humorista Whindersson Nunes.

A jovem chegou a pedir que as páginas excluíssem o conteúdo falso, mas não teve resposta. Em nota, Whindersson Nunes disse lamentar o caso. “Perplexo com o desencadeamento desse novo massacre público proporcionado pelo uso negativo das redes sociais”, disse o artista.

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