Governo Lula encerra programa de escolas cívico-militares, criado por Bolsonaro
A medida foi um entendimento em conjunto dos Ministérios da Educação, liderado pelo cearense Camilo Santana (PT), e do Ministério da DefesaO governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, criado na administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi comunicada aos secretários de Educação de todo o País por meio de ofício e deve ser implementada até o fim deste ano. A informação é do Estadão.
A medida foi um entendimento em conjunto dos Ministérios da Educação, liderado pelo cearense Camilo Santana (PT), e da Defesa e define o encerramento gradativo do programa, a fim de garantir a normalidade do ano letivo, além da desmobilização de agentes das Forças Armadas em unidades vinculadas.
O documento aponta que a partir da decisão, "iniciar-se-á um processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao Programa, bem como a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária".
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Assine"Não considero uma política exitosa", disse Camilo em comissão
Sabatinado no último mês de maio na Comissão de Educação do Senado, Camilo Santana considerou que a política de implantação de escolas cívico-militares não era exitosa. Ele respondeu a perguntas sobre escolas cívico-militares feitas pelo senador cearense Eduardo Girão (Novo) e pela também senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Camilo disse na ocasião que só 0,14% das 178 mil escolas brasileiras segue o modelo cívico-militar. Na execução orçamentária, conforme o ministro, de R$ 98,5 milhões destinados ao projeto, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), apenas 0,25% foram usados pelos estados e municípios.
O ministro falou à época que estados e municípios teriam autonomia para dar continuidade no projeto caso quisessem. E com as escolas já criadas, o MEC iria discutir com os governadores e prefeitos para tomarem uma decisão conjunta sobre o que seria feito.
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