Cid acha que Luizianne não é nome preferido do PT e PL "se for inteligente" lançará Carmelo

Para Cid, o PT nacional vai se esforçar para que o outro nome emerja dos debates internos do partido que não o de Luizianne Lins

O senador Cid Gomes (PDT) acredita que Capitão Wagner (União Brasil) largará na frente em qualquer pesquisa em Fortaleza antes da eleição. Mas acredita que ele será prejudicado porque, no entendimento do pedetista, o PL de Jair Bolsonaro deve ter candidato nas capitais. O grupo foi o principal aliado de Wagner nas eleições de 2020 e 2022. Conforme Cid, o partido deve se decidir entre Carmelo Neto e André Fernandes, um "bolsonarista raiz" na avaliação do pedetista.

"Qualquer pesquisa que seja feita em Fortaleza até a pré-eleição colocará o Wagner como principal nome. Coloca o seu nome em primeiro, na lembrança. Pesquisa feita nessa altura é uma lembrança de nomes", reconhece o ex-governador do Ceará. Mas, apontando o "fator PL" que dividiria o eleitorado conservador.

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"Eu acho que se eles (bolsonaristas) forem inteligentes lançam o Carmelo, mas o bolsonarista mais raiz, que tem mais relação com a família Bolsonaro, é o André. Uma candidatura nesse campo, a meu juízo, vai minar a preferência do Wagner", avaliou Cid em entrevista ao programa Conexão Assembleia, apresentado pela jornalista Kézya Diniz na FM Assembleia.

Na sequência, ao analisar o possível cenário para 2024, ele deslocou o olhar para o partido "ao lado" do PDT, o PT. O nome eleitoralmente mais forte é o de Luizianne Lins (PT). Além de ex-prefeita, foi a candidata à reeleição para a Câmara dos Deputados mais votada em Fortaleza, com 119.326 votos. Ela sempre surge como possibilidade petista quando se iniciam os debates visando o Paço Municipal.

"Luizianne nas pesquisas mostrou aí nessa faixa de 15% e 17%. Acho que é um nome aí que tem piso, mas teto muito baixo. Acho que tudo o que o PT puder fazer a nível nacional — para eximir a turma aqui do Ceará — puder fazer para ter um outro nome, ou uma aliança, apoiando talvez até nome de outro partido, irão fazer", afirmou Cid Gomes. 

Ele informou que têm havido reuniões nacionais entre PT, PDT, PSB e Rede para tratar de uma estratégia em comum. Conforme o senador, diferentemente de 2020, quando os petistas priorizaram lançar candidaturas, agora o partido está no governo federal e precisa de aliados. "Pelo que se diz lá, o PT está muito no sentimento de que agora tem de dar mais oportunidade", afirmou.

Já no PDT, ele considera que, embora o prefeito José Sarto tenha legitimidade para disputar a reeleição, tem que inicialmente melhorar "bem" a avaliação entre os eleitores para vislumbrar as ambições num horizonte mais concreto. Neste contexto, surge Evandro Leitão, atualmente no PDT, mas com convites abertos para se filiar ao PT.

Isso desde que possa ser o candidato de uma aliança apoiada pelo governador Elmano e pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), líder do grupo político que governa o Ceará.

O atual presidente da Assembleia Legislativa também conversa com outros partidos que compõem a aliança estadual que dá sustentação a Elmano, como o Republicanos de Chiquinho Feitosa, o Podemos de Bismarck Maia (prefeito de Aracati) e o PSB, este controlado pelo ex-deputado federal Dênis Bezerra, primo de Roberto Cláudio e atualmente distanciado de Camilo Santana.

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