Quem é Carlomano Marques, prefeito de Pacatuba preso nesta terça-feira, 18

Enquanto deputado, Marques teve uma trajetória com polêmicas envolvendo questionamentos na Justiça Eleitoral.

Carlomano Gomes Marques, o prefeito de Pacatuba preso nesta terça-feira, 18, gere o município distante 32,4 km de Fortaleza. Médico, formou-se pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Na carreira política, ocupou cargo de vereador de Fortaleza e foi deputado estadual por sete mandatos. Carlomano foi eleito prefeito de Pacatuba pela primeira vez em 2016 e foi reeleito em 2020.

Enquanto deputado, Marques teve uma trajetória com polêmicas envolvendo questionamentos na Justiça Eleitoral. Em setembro de 2010, O POVO mostrou que o então deputado, candidato à reeleição, se beneficiava por atendimentos médicos feitos pela irmã, a médica e vereadora Magaly Marques. Em 2012, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) chegou a cassar Carlomano por compra de votos.

Segundo a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE) à época, Carlomano teria praticado compra de votos nas eleições de 2010 ao oferecer serviços médicos gratuitos prestados pela irmã,Magaly, em troca de votos nas dependências do comitê eleitoral.

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À época no PMDB, Carlomano foi cassado com placar de 4 a 2 favorável pela cassação. Posteriormente, em 2013, a defesa do então deputado entrou com recurso e conseguiu uma liminar junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspendeu a decisão do TRE-CE.

A defesa questionou os argumentos do MP e alegou que a prova que embasa a condenação - feita pela reportagem do O POVO - era ilícita, por se tratar de “gravação ilegal e clandestina” realizada sem conhecimento dos envolvidos, em desconformidade com a jurisprudência da Justiça Eleitoral.

Nesta terça-feira, 18 de abril, Carlomano e oito secretários municipais foram presos acusados de irregularidade em contratação de empresas. Também foram presos funcionários do Gabinete do prefeito e da Procuradoria Geral do Município, além de ex-gestores municipais e empresários que tinham contratos com a Prefeitura por dispensa de licitação.

No total, foram cumpridos 23 mandados de prisão. A Justiça afastou os gestores das funções por 180 dias e determinou o encerramento imediato dos contratos da Prefeitura com empresas e pessoas físicas investigadas.

As prisões ocorrem na operação Polímata, realizada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil. A operação Polímata investiga dispensas de licitação em secretarias e órgãos da Prefeitura de Pacatuba, principalmente nos anos de 2021 e 2022. Foram identificados pelo menos R$ 19 milhões em despesas sem licitação para atividades diversas.

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