Três poderes cearenses se comprometem em combater a violência contra mulher

O governador Elmano de Freitas, o presidente da AL-CE Evandro Leitão e o presidente do TJ-CE Abelardo Benevides destacaram a prioridade da pauta

Na sequência de três dias, representantes do Legislativo, Judiciário e do Executivo colocaram em pauta, em eventos públicos, o combate urgente ao feminicídio e à violência contra mulheres. Nesta quinta-feira, 2, o governador Elmano de Freitas (PT), chefe do Executivo, garantiu que deve ser enviado "em breve" à Assembleia Legislativa (AL-CE) medidas "práticas e claras" contra agressores e feminicidas. 

"O combate à violência contra a mulher será prioridade absoluta em nossa gestão, não compactuaremos com violência contra mulheres. Tenho acompanhado esse início de ano com casos de mulheres vítimas de violência e assassinatos e, em breve, enviaremos a essa Casa medidas práticas e claras de enfrentamento aqueles que tentam insistir em agredir as mulheres cearenses", disse o gestor.

No dia anterior, o deputado Evandro Leitão (PDT) foi reconduzido como presidente do Legislativo. Durante o discurso, o político mencionou combate à violência contra mulher e de gênero, mencionando as 22 mulheres mortas, vítimas de feminicídio 2023 no Ceará.

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"O destaque foi o fortalecimento da Procuradoria Especial da Mulher, antes presidido pela deputada Augusta Brito, que tem realizado um grande trabalho no combate estrutural e institucional. Somente assim, com ações dessa natureza, a mulher cearense ocupará o espaço que é e sempre será seu, de fato e de direito”, ressaltou. 

Na terça-feira, 31, o Judiciário empossou no novo presidente para o biênio, o desembargador Abelardo Benevides Moraes. Ele assumiu o Judiciário estadual e traçou como prioridades o aumento da produtividade na análise de processos e a expansão do combate ao feminicídio.

Em seu discurso de posse, o novo presidente do TJCE destacou que pretende ampliar o trabalho para o acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica, com atenção aos casos de feminicídio. "Eu, como homem e juiz, tenho vergonha dessa matança de mulheres no Ceará", acrescentou.

O trabalho deve incluir a expansão dos juizados para mulheres, que saíram de três para sete em dois anos na gestão da desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira. "Fazer campanhas, porque isso está ligado muito à cultura. Fazer campanhas contra o machismo, para melhorar a vida das mulheres. É um trabalho que tem que ser feito em conjunto e o Tribunal vai trabalhar mais ainda", pontuou Benevides em entrevista coletiva.

Nos primeiros 23 dias deste ano, 21 mulheres foram mortas no Estado, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Desses, seis foram categorizados como feminicídios. Em reportagem do O POVO, foi mostrado que os números deste ano são piores do que os do ano passado. Na época, em todo o mês de janeiro, 16 mulheres haviam sido mortas, sendo dois desses crimes registrados como feminicídios.

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Governo Assembleia Tribunal de Justiça combate à violência contra a mulher

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